Papel da ONU na guerra fria URGENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
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A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível. Com essa frase, o pensador Raymond Aron definiu o período em que a opinião pública mundial acompanhou o conturbado relacionamento entre os Estados Unidos e a União Soviética. A divisão do mundo em dois blocos, logo após a Segunda Guerra Mundial, transformou o planeta num grande tabuleiro de xadrez, em que um jogador só podia dar um xeque-mate simbólico no outro. Com arsenais nucleares capazes de destruir a Terra em instantes, os jogadores, Estados Unidos e União Soviética, não podiam cumprir suas ameaças, por uma simples questão de sobrevivência.
A paz era impossível porque os interesses de capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por natureza. E a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão grande que um confronto generalizado seria, com certeza, o último. Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época, a situação se caracterizava como o equilíbrio do terror
Na história da ONU, é consensualmente aceite ter havido quatro fases fundamentais: a fase claramente antifascista (1945-1947); um período predominantemente anti-soviético (1948-1954); um período de anticolonialismo (1955-1963), e um período de auxílio ao subdesenvolvimento (1964-1988). Este faseamento, apresentado por António José Fernandes [1], é retomado por Vítor Rodrigues Viana[2], a fim provar a ideia de que o funcionamento da ONU se foi adaptando ao dinamismo que as potências introduzissem na conjuntura internacional.
Grandemente influenciada, portanto, pela cisão Leste-Oeste e pela consequente Guerra Fria, a acção da ONU ficou confinada a intervenções de paz apenas quando a sua intervenção não colidia com os interesses das grandes potências, assistindo impotente, devido aos vetos do Conselho de Segurança, a inúmero conflitos de que resultaram alguns milhares de mortos, conforme atesta a “Agenda Para a Paz”, relatório de Boutros Boutros-Ghali de 17 de Junho de 1992.
Mesmo essas operações de paz são marcadas por um conjunto de características que demarcam, também elas, a história da ONU.
Houve, efectivamente, um período inicial (1948-1956) em que a observação e a monitorização de acordos de cessar-fogo eram fundamentais e foram introduzidos métodos novos, nomeadamente, um sistema internacional de observação e relato. É deste período a criação da UNTSO[3], da UNMOGIP[4], da UNTEA[5] e da UNSCOB[6], forças de intervenção para a paz resultantes da decisão do Conselho de Segurança e financiadas pelas nações Unidas.
Deste período experimental, entre 1956 e 1967, passou-se a uma fase de afirmação em que se deu a primeira intervenção militarizada, a fim de separar as forças egípcias e israelitas no Sinai. São deste período ainda as intervenções no Líbano, no Congo, na Nova Guiné Ocidental, no Iémen, no Chipre e na República Dominicana. Só que algumas dessas missões fracassaram, o que levou a que alguns membros duvidassem da capacidade das Nações Unidas em manter a paz.
Foi assim que, entre 1967 e 1973, se seguiu um período de estagnação, não só devido aos fracassos anteriormente referidos, mas também pelas dificuldades financeiras por que passou a ONU e pela agudização da Guerra Fria. Porém, com o reacender dos conflitos no Médio Oriente, as Nações Unidas renascem, entre 1973-1988, porque intervêm com sucesso nas regiões beligerantes (Egipto, Israel, Líbano, Afeganistão e Paquistão, Irão e Iraque, Namíbia e Angola).
No período pós-Guerra Fria, as operações de paz foram incrementadas, devido a uma maior capacidade do Conselho de Segurança conseguir consensos, mas também porque se criou um certo optimismo relativamente ao papel que as Nações Unidas poderiam desempenhar na manutenção da paz.
A paz era impossível porque os interesses de capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por natureza. E a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão grande que um confronto generalizado seria, com certeza, o último. Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época, a situação se caracterizava como o equilíbrio do terror
Na história da ONU, é consensualmente aceite ter havido quatro fases fundamentais: a fase claramente antifascista (1945-1947); um período predominantemente anti-soviético (1948-1954); um período de anticolonialismo (1955-1963), e um período de auxílio ao subdesenvolvimento (1964-1988). Este faseamento, apresentado por António José Fernandes [1], é retomado por Vítor Rodrigues Viana[2], a fim provar a ideia de que o funcionamento da ONU se foi adaptando ao dinamismo que as potências introduzissem na conjuntura internacional.
Grandemente influenciada, portanto, pela cisão Leste-Oeste e pela consequente Guerra Fria, a acção da ONU ficou confinada a intervenções de paz apenas quando a sua intervenção não colidia com os interesses das grandes potências, assistindo impotente, devido aos vetos do Conselho de Segurança, a inúmero conflitos de que resultaram alguns milhares de mortos, conforme atesta a “Agenda Para a Paz”, relatório de Boutros Boutros-Ghali de 17 de Junho de 1992.
Mesmo essas operações de paz são marcadas por um conjunto de características que demarcam, também elas, a história da ONU.
Houve, efectivamente, um período inicial (1948-1956) em que a observação e a monitorização de acordos de cessar-fogo eram fundamentais e foram introduzidos métodos novos, nomeadamente, um sistema internacional de observação e relato. É deste período a criação da UNTSO[3], da UNMOGIP[4], da UNTEA[5] e da UNSCOB[6], forças de intervenção para a paz resultantes da decisão do Conselho de Segurança e financiadas pelas nações Unidas.
Deste período experimental, entre 1956 e 1967, passou-se a uma fase de afirmação em que se deu a primeira intervenção militarizada, a fim de separar as forças egípcias e israelitas no Sinai. São deste período ainda as intervenções no Líbano, no Congo, na Nova Guiné Ocidental, no Iémen, no Chipre e na República Dominicana. Só que algumas dessas missões fracassaram, o que levou a que alguns membros duvidassem da capacidade das Nações Unidas em manter a paz.
Foi assim que, entre 1967 e 1973, se seguiu um período de estagnação, não só devido aos fracassos anteriormente referidos, mas também pelas dificuldades financeiras por que passou a ONU e pela agudização da Guerra Fria. Porém, com o reacender dos conflitos no Médio Oriente, as Nações Unidas renascem, entre 1973-1988, porque intervêm com sucesso nas regiões beligerantes (Egipto, Israel, Líbano, Afeganistão e Paquistão, Irão e Iraque, Namíbia e Angola).
No período pós-Guerra Fria, as operações de paz foram incrementadas, devido a uma maior capacidade do Conselho de Segurança conseguir consensos, mas também porque se criou um certo optimismo relativamente ao papel que as Nações Unidas poderiam desempenhar na manutenção da paz.
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