Os três excertos anteriores, retirados de um almanaque de curiosidades, constroem-se com base em diferentes tipos de coesão — estruturação sintática responsável pela boa articulação entre os arranjos de um período. Assim, sobre a identificação e a análise do sujeito em alguns dos períodos, é correto afirmar que
Escolha uma:
a. a forma verbal dizem (l. 14) não atrela um ser agente ao evento descrito por ela. Trata-se de um caso em que o verbo é flexionado na terceira pessoa do plural sem um sujeito determinado no contexto, possibilitando ao emissor do enunciado não identificar o termo agentivo, seja porque não sabe quem ele é, seja porque não quer fazê-lo. A tradição gramatical classifica esse caso como sujeito indeterminado.
b. a elipse é um dos recursos preferidos pelo autor para evitar a repetição desnecessária e exaustiva do termo que funciona como sujeito. Assim, ocorre sujeito elíptico (ou oculto) com é (l. 03), que retoma a expressão O termo no plural; gerariam (l. 22), que retoma o substantivo compadres; e chegaram (l. 10), que retoma o substantivo sumérios.
c. a comparação entre as formas trata-se (l. 04) e observa-se (l. 19) nos permite compreender o mesmo fenômeno linguístico representado por arranjos similares: em ambas as construções, o vocábulo se, classificado tradicionalmente como índice de indeterminação do sujeito, desfaz a identificação do sujeito porque os termos seguintes (disputas e herança, respectivamente) funcionam como objeto indireto. A tradição gramatical classifica esses casos como sujeitos indeterminados.
d. o verbo haver é um caso especial na classificação do sujeito. Nas suas duas ocorrências (l. 02 e l. 11), o termo que desempenha a função de sujeito aparece posposto ao verbo (confusão e prédios, respectivamente); no segundo caso, especificamente, cabe ao emissor fazer a concordância com o termo agentivo (prédios, portanto haviam) ou manter o verbo no singular, já que é impessoal. A tradição gramatical classifica esse caso como sujeito inexistente.
e. embora o sujeito da forma verbal usaram seja considerado tradicionalmente como simples (eles), o pronome que desempenha função de sujeito não está determinado no texto, pois não permite que o leitor retome o substantivo que ele substitui, situação semelhante à que acontece com morre (l. 16), que não tem o referente do sujeito elíptico claro: pode retomar mulher, padre, compadre ou mula sem cabeça.
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Letra a-a forma verbal dizem (l. 14) não atrela um ser agente ao evento descrito por ela. Trata-se de um caso em que o verbo é flexionado na terceira pessoa do plural sem um sujeito determinado no contexto, possibilitando ao emissor do enunciado não identificar o termo agentivo, seja porque não sabe quem ele é, seja porque não quer fazê-lo. A tradição gramatical classifica esse caso como sujeito indeterminado.
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