Os relatos do último ato da guerra de canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da * (a) manipulação e incompetência. (b) ignorância e solidariedade. (c) hesitação e obstinação. (d) esperança e valentia. (e) bravura e loucura
Soluções para a tarefa
A partir das perspectivas de bravura e loucura, os autores Euclides da Cunha e Henrique Duque-Estrada de Macedo Soares caracterizam as atitudes dos envolvidos na Guerra de Canudos. Alternativa E.
Bravura e loucura na Guerra de Canudos
Enquanto Euclides da Cunha destaca a resistência dos sertanejos como algo heroico, já que mesmo em meio à matança um determinado grupo continuou firme no enfrentamento das forças armadas, Henrique Duque-Estrada de Macedo Soares trata a questão sob a perspectiva da insanidade, deixando implícito que, de outro modo, caso não houvesse tamanha resistência, as negociações teriam sido mais proveitosas e talvez uma parte do grupo tivesse sobrevivido.
É preciso entender os contextos que cercavam a Guerra de Canudos antes das interpretações pessoais de cada autor sobre a bravura ou loucura do evento, visto que os conflitantes enfrentavam cenários de fome e de vulnerabilidade social em geral, ou seja, para muitos não importava muito viver ou morrer, sua condição precária de vida não lhes fazia temer intensamente a morte.
Abaixo, os textos em estudo:
TEXTO I - Os sertões - Euclides da Cunha
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
TEXTO II - A Guerra de Canudos - Henrique Duque-Estrada de Macedo Soares
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.
Aprenda mais sobre a Guerra de Canudos: brainly.com.br/tarefa/30076369
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