Os movimentos sociais têm em vista sempre uma melhoria financeira ou de condições de vida? Do que as pessoas se engajam?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os movimentos sociais muitas vezes estão estritamente ligados aos seus próprios interesses individuais, que como o nome já diz tem carga social. Contudo, em uma sociedade capitalista egocêntrica, onde a única forma de sobrevivência é correr atrás do dinheiro, os movimentos sociais agem de acordo com benefícios financeiros futuros, sem a possibilidade de haver prejuízo.
A resposta sobre a base do engajamento em um movimento social tem de levar em conta um contexto específico. Isso porque uma opressão ou privação de direitos só pode ser sentida por uma pessoa se ela encontra, na mesma sociedade, pessoas que têm aqueles direitos resguardados ou que estão do lado que representa a opressão. Sendo assim, não retiramos as demandas de nossas cabeças, mas toda demanda social tem como base a desigualdade social, que pode ter reflexos políticos, econômicos ou jurídicos, entre outros. A privação relativa de um direito é o impulso para a mobilização, uma vez que torna claro para as pessoas o tratamento desigual dado pela sociedade, mesmo nas carências mais básicas. Se em uma comunidade com clima desértico todos têm um uso restrito da água, o tratamento é igualitário, mas se alguns têm mais acesso e outros menos, por motivos injustificados, essa desigualdade passa a ser a base de uma privação. As demandas dos movimentos sociais tradicionais estão ligadas à melhoria de condições financeiras e travam uma briga com pretensões materiais. Já os chamados novos movimentos sociais levantam bandeiras acerca de identidades e valores sociais. O ativismo ambiental, por exemplo, reivindica o valor de preservação da natureza para o futuro, assim como o movimento feminista, após a década de 1970, e o movimento negro lutam contra a discriminação. Essas lutas têm em vista a mudança das relações sociais de caráter simbólico e, portanto, são pretensões de reconhecimento.