Question

Os livros bombardeavam seus ombros, braços, o rosto voltado para cima. Um livro pousou, quase obediente, como uma pomba branca, em suas mãos, as asas trêmulas. À luz mortiça, oscilante, uma página pendeu aberta e era como uma pluma de neve, as palavras nela pintadas delicadamente. Em meio à correria e à fúria, Montag teve tempo apenas para ler uma linha, mas esta brilhou em sua mente durante o minuto seguinte, como se marcada a ferro em brasa. ‘O tempo adormeceu ao sol da tarde’. Soltou o livro. Imediatamente, outro caiu em seus braços.— Montag, por aqui! A mão de Montag se fechou como uma boca, esmagando o livro com selvagem devoção, com descuidada insanidade, junto ao peito. Os homens lá em cima lançavam braçadas de revistas para o ar poeirento. Elas caíam como pássaros abatidos e a mulher permanecia ali embaixo, parada como uma garotinha, entre os cadáveres. Montag não fizera nada. Sua mão fizera tudo. Sua mão, com cérebro próprio, com a consciência e a curiosidade em cada dedo trêmulo, tornara-se uma ladra. Agora ela escondia o livro sob seu braço, prendia-o na axila suada, surgia de novo vazia, com num passe de mágica! Observe as repetições destacadas no excerto. Que efeito de sentido gera a repetição da palavra “livro”?
a) O protagonismo do livro na obra, uma vez que seu título refere-se à temperatura de queima do papel. b)A incredulidade dos bombeiros diante da resistência da mulher em não sair de casa. c)A ira da personagem Montag diante da iminente queima de livros. d)O espanto da mulher ao ter seu segredo descoberto.

Answer 1

Resposta:

Letra C

Explicação:

PELOS LIVROSSSSSSS

Answer 2

Resposta:

a) O protagonismo do livro, que é o elemento central do trecho.

Explicação: