Os filósofos pré-socráticos usaram os seguintes conceitos na tentativa de explicar o mundo, quais foram?
Soluções para a tarefa
Kosmos. É o universo. O substantivo kosmos deriva de um verbo cujo significado é "ordenar", "arranjar", "comandar". Um "cosmo" é um arranjo ordenado. Mais que isso, é um arranjo dotado de estética, algo que embeleza, que é agradável de se contemplar. Se é ordenado, deve, em princípio, ser explicável. Desta palavra surgiram: cosmogonia (lendas e teorias sobre as origens do universo), cosmopolita (cidadão do mundo), cosmético (relativo à beleza humana).
Physis ou "natureza". O termo deriva de um verbo cujo significado é "crescer". Introduz uma clara distinção entre o mundo natural e o artificial, entre as coisas que se "desenvolvem" e aquelas que são fabricadas, entre a physis e a techne. Uma mesa provém da techne; uma árvore, da physis. Em muitos casos, physis e kosmos passam a ter o mesmo significado. Em outro sentido, o mais importante para eles, é que physis passa a denotar algo existente no próprio objeto. Por isso, diz-se que quando os pré-socráticos estavam investigando a natureza, eles estavam buscando a natureza das coisas.
Arché. É um termo de difícil tradução. Seu verbo cognato tanto pode significar "começar", "iniciar", como também "reger", "dirigir". Arché é um princípio; physis, é crescimento. Os filósofos pré-socráticos perguntavam: de onde se origina então o crescimento? Como este teve origem? Quais são seus princípios originais? Estas questões tinham por fim achar o arché das coisas. Tales de Mileto, por exemplo, achou que o primeiro princípio era a água. Mais tarde, foi provado que esta hipótese era falsa. Mas isso pouco importava, pois o que era merecedor de elogios é o modo como argumentavam, ou seja, como punham à prova as suas opiniões, eliminando por completo o dogmatismo.
Logos. É de tradução ainda mais difícil do que a de arché. É cognato do verbo legein, que normalmente significa "enunciar" ou "afirmar". Assim, logos é por vezes enunciado ou afirmação. Apresentar um logos ou um relato de algo é explicá-lo, desdobrá-lo. Quando Platão afirma que um homem inteligente é capaz de apresentar um logos das coisas, ele não queria dizer que essa pessoa era capaz de descrevê-las, mas de explicá-las, ou seja, de apresentar razões dessas coisas. Em síntese, logos é razão, racionalidade, raciocínio, argumentação e evidência.