os contos de terror é indicado para o que?
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Vampiros, fantasmas, casas mal-assombradas e pactos com o Coisa-Ruim. O universo das histórias de terror causa calafrios, mas é cativante. Pudera! Quando as primeiras páginas de um livro enunciam "foi numa noite de tempestade, à meia-noite", por exemplo, o leitor é desafiado a mergulhar em um mundo secreto e misterioso. "Obras do gênero atraem porque nos permitem viver, com segurança, experiências que não gostaríamos de ter na vida real", diz o escritor Braulio Tavares, estudioso da literatura fantástica. Mas por que, afinal, alguém gostaria de ter experiências desse tipo? Na Antiguidade, o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) já tentava responder esse aparente paradoxo. Ele dizia que buscamos o medo da ficção para experimentar, depois, o alívio de saber que estamos a salvo na vida real.
O interesse por narrativas que fazem um bom uso desse sentimento ancestral vem de longa data. "A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido", escreveu o escritor norte-americano H. P. Lovecraft (1890-1937) no livro O Horror Sobrenatural na Literatura (Ed. Iluminuras). O conto de terror começou a fazer sucesso durante a Revolução Industrial, no século XIX. Escritores como a britânica Mary Shelley (1797-1851), autora de Frankenstein, criaram narrativas que questionavam a mentalidade de sua época, em que dominava a crença quase cega na ciência e no progresso técnico.
Desde então, os principais autores de terror souberam captar as tensões e os medos de sua época, produzindo textos que refletem o contexto histórico em que vivem. Assim, mudaram os temas, os espaços e até o nível de violência tolerado. "A boa literatura é justamente aquela que identifica esses pavores, trazendo-os de modo realista ou alegórico para o terreno da ficção", diz Júlio França, professor de Teoria da Literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador do Grupo de Estudos sobre o Medo como Prazer Estético, da mesma instituição
O interesse por narrativas que fazem um bom uso desse sentimento ancestral vem de longa data. "A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido", escreveu o escritor norte-americano H. P. Lovecraft (1890-1937) no livro O Horror Sobrenatural na Literatura (Ed. Iluminuras). O conto de terror começou a fazer sucesso durante a Revolução Industrial, no século XIX. Escritores como a britânica Mary Shelley (1797-1851), autora de Frankenstein, criaram narrativas que questionavam a mentalidade de sua época, em que dominava a crença quase cega na ciência e no progresso técnico.
Desde então, os principais autores de terror souberam captar as tensões e os medos de sua época, produzindo textos que refletem o contexto histórico em que vivem. Assim, mudaram os temas, os espaços e até o nível de violência tolerado. "A boa literatura é justamente aquela que identifica esses pavores, trazendo-os de modo realista ou alegórico para o terreno da ficção", diz Júlio França, professor de Teoria da Literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador do Grupo de Estudos sobre o Medo como Prazer Estético, da mesma instituição
isinharodri:
Muito obrigada!
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