História, perguntado por Usuário anônimo, 1 ano atrás

os colonos do centro-norte se desenvolveram com certa independência  econômica?correto ou errado?por que?

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Respondido por falarodrigo
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Os colonos de centro-norte das 13 colônias inglesas que deram origem aos Estados Unidos da América tinham maior liberdade e independência que os do sul. Afirmativa correta. Isso se deve às diferenças quanto ao tipo de colonização / invasão.

Nas colônias dos Estados Unidos do Centro-Norte ocorreu a colonização ou invasão de povoamento, caracterizada pela situação em que os colonizadores invadem ou ocupam a área com o objetivo de viver nela,  impor sua cultura e religião aos habitantes originários, quando não era possível simplesmente exterminá-los. Eles partiam com suas famílias, geralmente, sem a perspectiva de retorno, na busca de melhores condições de vida e de liberdade religiosa. Nesse sentido, nas regiões em que esse tipo de colonização ocorreu,o clima apresentava características semelhantes ao da Inglaterra, de maneira que não havia o interesse imediato do governo inglês por essas colônias, diferentes das riquezas produzidas de maneira rápida em outras regiões pelas condições climáticas favoráveis à produção da cana de açúcar e outros produtos de interesse desse momento históricos, com uma maior intervenção estatal e controle para garantir o pagamento dos impostos à metrópole.

Desse modo, a produção agropecuária era voltada para o próprio consumo ou para o mercado interno da povoação, estimulando o comércio. Na ausência de uma maior regulamentação estatal, eles apresentava livre iniciativa no âmbito do comércio, não havendo monopólio. Eles apresentaram um sistema de governo mais democrático, desenvolvendo uma relativa autonomia frente à metrópole.

Enquanto isso, nas colônias do sul dos Estados Unidos e no resto do continente americano, houve a colonização ou invasão de exploração, que se tratava de uma ocupação almejando obter lucro e, possivelmente, um retorno do invasor ao local de origem. Desse modo,há predomínio de uma produção de monocultura em grandes faixas de terra, almejando a venda da produção no mercado exterior, visando o enriquecimento rápido. Além disso, há a busca por minérios e outros recursos de extração rápida, tais como ouro e outros materiais preciosos. Os imigrantes, em sua maioria, eram homens, que viajam sem suas famílias, o que estimula a miscigenação. Haja vista o objetivo de enriquecimento rápido, a base do trabalho era a utilização de mão de obra escrava, com a importação de africanos para trabalhar, principalmente, no campo.

Em termos de economia, essas regiões recebiam forte controle estatal, de modo que quase não havia livre iniciativa para abrir comércios, bem como prevaleciam os monopólios, sendo mais importante estar bem relacionado com os reis e outros poderosos do que se preocupar com a qualidade dos seus produtos ou com as estratégias de negócio.

Com as colônias de exploração houve uma maior implicação do pacto colonial, através do qual as colônias produziam apenas produtos primários destinados à exportação e os produtos manufaturados eram comprados da metrópole.

Vale ressaltar que em ambas as formas de colonização, eles invadiam a região, matavam os índios quando não conseguiam escravizá-los (prática que continuou com a independência dos Estados Unidos, conforme relata o livro "Enterrem meu coração na curva do rio"). Fingiam paz por um tempo e logo depois voltavam à guerra, utilizando-se de armas modernas, técnicas de guerra, doenças (por exemplo, enviavam aos índios cobertores para o frio que haviam sido usados por doentes de sarampo, varíola, dentre outras).
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