Origens e aplicações de recursos
PROBLEMATIZAÇÃO: a contabilidade tem como objetivo gerar informação para auxiliar os usuários na tomada de decisão, sendo que o objeto dessa informação é o patrimônio das entidades contábeis. Neste sentido, é muito importante que os relatórios contábeis sejam realmente uma fonte de informação. É justamente por isso, que o Balanço Patrimonial é estruturado de forma particular pela contabilidade. Esta estrutura permite identificar, dentre outras informações, as origens e as aplicações de recursos de uma entidade. Você sabe identificar estas informações no Balanço Patrimonial?
SIGNIFICAÇÃO: o Balanço Patrimonial é composto por três grupos: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. O Ativo é composto pelos bens e direitos da entidade, já o Passivo é composto pelas obrigações exigíveis e o Patrimônio Líquido pelas obrigações não exigíveis. Ao separar o Ativo do Passivo e Patrimônio Líquido, o balanço apresenta um equilíbrio que corresponde exatamente ao equilíbrio entre os recursos financeiros obtidos e os recursos financeiros aplicados pela entidade.
EXPERIMENTAÇÃO: você já procurou fazer um controle financeiro dos seus recursos pessoais? A identificação do quanto ganha e do quanto gasta permite tomar decisões de forma mais segura. Por exemplo, para saber se você consegue comprar um carro financiado, você precisa considerar sua capacidade em pagar as parcelas, para isso, você precisa ter conhecimento do seu rendimento, dos gastos mensais e assim saber se o que sobra é suficiente.
REFLEXÃO: as informações geradas, por meio do Balanço Patrimonial, têm a mesma função: permitir que o usuário identifique a situação financeira e patrimonial da entidade e assim consiga tomar decisões.
CONCEITUALIZAÇÃO: o balanço patrimonial corresponde à apresentação do conjunto ordenado de bens, direitos e obrigações da entidade e de seus respectivos saldos em determinada data. Dizemos que ele funciona como se fosse uma “foto” da empresa. Normalmente, o balanço é elaborado ao final de cada ano, sendo essa “foto” uma representação da situação da empresa no dia 31 de dezembro. Entretanto, caso a empresa necessite, o balanço pode ser elaborado ao final de cada mês, trimestre, semestre, enfim conforme definido por ela. O balanço patrimonial é uma demonstração estática que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e financeira da empresa. Segundo a Lei 6.404/76 (BRASIL, 1976), as contas que compõem essa demonstração são classificadas conforme os elementos do patrimônio e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
FRAGALLI, A. C.; SILVA, J. M. da. Contabilidade Empresarial. Maringá: Unicesumar, 2021.
Conforme apresentado anteriormente, os três grupos de elementos patrimoniais evidenciados no balanço (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) podem ser observados de uma outra forma: Origens e aplicações de recursos. Nesse sentido, identifique o que representa a origem e o que representa a aplicação de recursos no Balanço Patrimonial. Em seguida, explique a diferença entre Capital de terceiros e Capital próprio, ambos relacionados a origem de recursos.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Origem e a aplicação de recursos
É a variação do Capital Circulante Líquido (CCL) ocorrida entre dois períodos contábeis. Ou seja, a diferença entre o total do Ativo Circulante (AC) e o total do Passivo Circulante (PC).
CCL = AC - PC
Dessa forma, considera-se como "origem" de recurso o aumento do CCL e como "aplicação" de recurso a diminuição do CCL.
A diferença entre o Capital de Terceiro e o Capital Próprio
Os recursos do Capital de Terceiros provém de entidades externas (bancos, financeiras, etc.). Já os recursos de Capital Próprio derivam das vendas realizadas pela própria empresa, propriedade dos sócios e acionistas. Assim, a diferença consiste em que na utilização do Capital de Terceiros, uma vez paga a dívida essa relação acaba, enquanto que com o Capital Próprio a ligação permanece devido a ser um recurso advindos dos resultados obtidos pela própria empresa.
Espero ter ajudado.
Resposta:
ORIGENS DE RECURSOS
As origens de recursos são representadas pelos aumentos no Capital Circulante Líquido, e as mais comuns são:
a) das próprias operações, quando as receitas (que geram ingressos de capital circulante líquido) do exercício são maiores que as despesas, ou seja, resultam do lucro líquido apurado exclusivamente das operações regulares da empresa.
Assim, se houver lucro, teremos uma origem de recursos, se houver prejuízo, teremos uma aplicação de recursos;
b) dos acionistas, pelos aumentos de capital integralizados pelos mesmos no exercício, já que tais recursos aumentaram as disponibilidades da empresa e, conseqüentemente, seu capital circulante líquido;
c) de terceiros, por empréstimos obtidos pela empresa, pagáveis a longo prazo, bem como dos recursos oriundos da venda a terceiros de bens do Ativo Permanente, ou de transformação de Realizável a Longo Prazo em Ativo Circulante.
Os empréstimos feitos e pagáveis a curto prazo não são considerados como origem de recursos para fins dessa demonstração, pois não alteram o Capital Circulante Líquido. Nesse caso há um aumento de disponibilidades e, ao mesmo tempo, do Passivo Circulante.
A depreciação, amortização ou exaustão, por representarem uma recuperação de fundos, devem ser adicionadas ao lucro líquido apurado no exercício, para efeito de elaboração da demonstração das origens e aplicações de recursos.
APLICAÇÕES DE RECURSOS
As aplicações de recursos são representadas pela redução do Capital Circulante Líquido entre o início e o término de determinado período.
As aplicações de recursos mais comuns que implicam na variação do Capital Circulante Líquido são as seguintes:
1) Imobilizações
Ocorrendo a aquisição de bens para o Ativo Imobilizado, investimentos permanentes ou aplicação de recursos no Ativo Diferido, tais fatos representam aplicação de recursos e, consequentemente, refletem numa variação líquida negativa do Capital Circulante Líquido.
2) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo
A amortização de empréstimos a longo prazo significa, em princípio, uma redução do passivo exigível a longo prazo e representa uma aplicação de recursos. Por outro lado, a obtenção de um novo financiamento representa uma origem de recursos.
Tendo em vista que o conceito de recursos é o de Capital Circulante Líquido, a mera transferência de um saldo de empréstimo do Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante, por vencer no exercício seguinte, representa uma aplicação de recursos, pois reduziu o Capital Circulante Líquido.
c) Remuneração de dividendos:
A remuneração de acionistas, decorrente de dividendos, representa uma aplicação de recursos, refletindo numa variação negativa do Capital Circulante Líquido.
Fonte: portaldecontabilidade
Capital de terceiros - referem-se ao capital que a empresa adquire através de entidades externas para financiar suas atividades como empréstimos e financiamentos.
Capital próprio - refere-se ao capital que a empresa possui através dos seus próprios sócios e acionistas como o patrimônio líquido.
Explicação: