oque foi a revolta das vassouras?
Soluções para a tarefa
Respondido por
7
A região de Vassouras e Paty do Alferes, no Rio de Janeiro, foi palco de uma importante rebelião escrava. A região sul-fluminense era uma grande produtora de café e contava com grande número de escravos para trabalhar nas lavouras. Em 5 novembro de 1838, o capataz de uma das fazendas do capitão-mor Manoel Francisco Xavier, matou a tiros um escravo que saíra da propriedade sem autorização. Revoltados, seus companheiros tentaram linchar o assassino, mas foram impedidos. Assim, começaria a rebelião. Escravos das fazendas pertencentes ao capitão-mor, entre outras, foram soltos pelos revoltosos e engrossaram o movimento. Houve fugas em diversas propriedades. Armados de facões, foices e até garruchas, cerca de 300 fugitivos seguiram pelas matas a caminho da Serra da Taquara. O líder era Manuel Congo, ao lado de sua companheira, Mariana Crioula, costureira e mucama da esposa do capitão-mor.
Os rebeldes saquearam as fazendas em busca de armas e mantimentos. Apesar de não ter sido uma rebelião violenta, a fuga em massa causou pânico entre os proprietários. Os fugitivos se esconderam na mata, mas a liberdade duraria pouco. No dia 11 de novembro a Guarda Nacional e o Exército deram fim ao incipiente quilombo do ferreiro Manoel Congo. Dos mais de 300 fugitivos, somente 16 foram levados a julgamento, todos eles escravos do capitão-mor Manuel Francisco Xavier, que assim foi indiretamente punido pelos outros fazendeiros por não ter controlado seus escravos. Da manhã de 22 de janeiro de 1839 até o dia 31 do mesmo mês, o tribunal se reuniu na Praça da Concórdia, diante da Igreja Matriz da Vila de Vassouras. O julgamento foi presidido pelo juiz interino Inácio Pinheiro de Souza Verneck.
O capitão-mor, que já tinha perdido sete escravos no combate. Para outros sete réus a pena foi de “650 açoites a cada um, dados a 50 por dia, na forma da lei”, e a “três anos com gonzo de ferro ao pescoço”. A maior surpresa foi a absolvição de Mariana Crioula e todas as mulheres, certamente a pedido de sua proprietária Francisca Elisa Xavier. Entretanto, Mariana Crioula ainda foi obrigada a assistir à execução pública do seu companheiro Manuel Congo.
No dia 4 de setembro de 1839, Manuel Congo subiu ao cadafalso no Largo da Forca, em Vassouras, para ser enforcado – sem sepultamento. – Márcia Pinna Raspanti

Os rebeldes saquearam as fazendas em busca de armas e mantimentos. Apesar de não ter sido uma rebelião violenta, a fuga em massa causou pânico entre os proprietários. Os fugitivos se esconderam na mata, mas a liberdade duraria pouco. No dia 11 de novembro a Guarda Nacional e o Exército deram fim ao incipiente quilombo do ferreiro Manoel Congo. Dos mais de 300 fugitivos, somente 16 foram levados a julgamento, todos eles escravos do capitão-mor Manuel Francisco Xavier, que assim foi indiretamente punido pelos outros fazendeiros por não ter controlado seus escravos. Da manhã de 22 de janeiro de 1839 até o dia 31 do mesmo mês, o tribunal se reuniu na Praça da Concórdia, diante da Igreja Matriz da Vila de Vassouras. O julgamento foi presidido pelo juiz interino Inácio Pinheiro de Souza Verneck.
O capitão-mor, que já tinha perdido sete escravos no combate. Para outros sete réus a pena foi de “650 açoites a cada um, dados a 50 por dia, na forma da lei”, e a “três anos com gonzo de ferro ao pescoço”. A maior surpresa foi a absolvição de Mariana Crioula e todas as mulheres, certamente a pedido de sua proprietária Francisca Elisa Xavier. Entretanto, Mariana Crioula ainda foi obrigada a assistir à execução pública do seu companheiro Manuel Congo.
No dia 4 de setembro de 1839, Manuel Congo subiu ao cadafalso no Largo da Forca, em Vassouras, para ser enforcado – sem sepultamento. – Márcia Pinna Raspanti

Perguntas interessantes