História, perguntado por caiomaximodacruz123, 7 meses atrás

Oque faz a China e os EUA serem uma das maiores potências comerciais no mundo?​

Soluções para a tarefa

Respondido por maria17142
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Resposta:

As relações no sistema internacional nunca se fazem sozinhas: o crescimento de um país pode ser visto tanto como oportunidade quanto ameaça. O desenvolvimento de armamentos pode significar guerra em potencial, enquanto que assinar acordos e tratados podem fortalecer canais de cooperação. Definitivamente a interação entre os países tem suas consequências. Agora jogue nessa bagunça internacional duas das maiores economias da atualidade e uma história de afastamento e aproximação. O resultado é complexo.

Você sabia que, além de tudo, os EUA e China estão atualmente envolvidas em uma guerra comercial? Pronto pra entender a evolução desse relacionamento complicado e uma exposição do que isso pode significar para todas as economias do mundo, incluindo a do Brasil? Vêm conhecer a briga de gigantes que é as relações externas entre EUA e China.

Podemos usar a Guerra Fria – quando o mundo estava dividido em dois polos, um lado comunista, comandado pela antiga União Soviética, e outro lado capitalista, comandado pelos Estados Unidos -, como ponto de partida para falar da relação histórica entre EUA e China. Em 1949, Mao Tse-Tung, anuncia a criação da República Popular da China, sob regime comunista, portanto, do lado oposto aos Estados Unidos na guerra. É por isso que os EUA, no momento, não reconheceram o novo regime chinês.

Alguns chineses nacionalistas, insatisfeitos com a nova situação do país, fugiram para Taiwan, reivindicando independência. Durante a Guerra das Coreias, a marinha estadunidense (lembrando o contexto de Guerra Fria) protege Taiwan dos possíveis avanços comunistas expressados pela Coréia do Norte.

Podemos, então, perceber que a história da relação Estados Unidos x China é recheada de tensão e desentendimentos. Mas, houveram também, momentos de aproximação, principalmente no governo de Bill Clinton, que decidiu por não apoiar o movimento separatista de Taiwan. Nesse mesmo período chegaram inclusive a um acordo, em novembro de 1999, sobre a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC).

A entrada da China para a OMC foi uma das principais razões pela qual a economia chinesa pulou do nono lugar (em 1975), no ranking mundial, para segundo (em 2001), dois anos após o acordo da OMC, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Toda discussão seguinte, sobre a ameaça da economia chinesa e sobre a dependência econômica entre Estados Unidos e China é consequência desse boom de crescimento econômico do país asiático em tão pouco tempo.

O crescimento da China assusta e abala a posição de conforto dos EUA no topo do sistema internacional. Isso significa que, cada vez mais, os Estados Unidos perdem sua posição como indiscutível potência hegemônica. E o que, de maneira simples, significa hegemonia? Bem, significa que os EUA têm relevância direta à nível global em áreas como economia, defesa e diplomacia, conferindo ao país influência internacional e, consequentemente, muito poder. E é contra toda essa influência mundial que a China propõe oposição, seja porque o PIB da China aumenta quase dez vezes mais rápido que o dos EUA, ou porque as despesas militares da China (tendo chegado, em 2011, um orçamento militar de US$ 91,7 bilhões) ameaçam ultrapassar as de Washington, e até porque, desde 2008, a China tem achado brechas nos países capitalistas fragilizados para se impor no cenário internacional.

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