oque é a tecnologia na sociologia
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A questão articula-se, então, em torno de um debate: saber se a tecnologia determina ou é determinada por outras variáveis, nomeadamente ao nível organizacional, e saber se as suas consequências vão no sentido do "progresso social" (libertação do Homem de tarefas rotineiras e monótonas, enriquecimento dos conteúdos do trabalho, aumento da sua autonomia, aumento da qualificação da mão de obra, criação de novos empregos), ou, pelo contrário, se o seu desenvolvimento aponta no sentido da substituição da mão de obra, agravando o desemprego, empobrecendo ainda mais o trabalho e criando novas formas de desqualificação da mão de obra, na linha do taylorismo, discussão antiga que ressurge com o advento da automação.
Na realidade, a tecnologia não é uma variável neutra, mas é o resultado de escolhas e relações de poder no seio da sociedade e das organizações, e, neste sentido, os seus efeitos ao nível da qualificação e do emprego podem ser diversos.
Resposta:
A tecnologia na sociologia é constituída pelos meios utilizados por uma organização de forma a conseguir atingir os fins a que se propõe. É uma das variáveis que, fazendo parte do ambiente onde a organização atua, influencia as suas características e os seus comportamentos. Todas as organizações necessitam, pois, de uma tecnologia ou de uma matriz de tecnologias, incorporada tanto nos bens físicos como nos bens não físicos da organização. No sentido restrito, o termo tecnologia refere-se aos bens de capital, matérias-primas, equipamentos e utensílios, entre outros, utilizados na produção de bens. No sentido mais lato, o termo refere-se também ao conjunto dos conhecimentos intelectuais e operativos detidos pelas pessoas.
Uma das problemáticas habitualmente ligadas à tecnologia é a da sua influência sobre o emprego e a qualificação. As abordagens dividem-se, habitualmente, entre aquelas que consideram ser a tecnologia o motor fundamental da mudança social, assumindo-a como uma variável independente, e as que consideram ser a tecnologia um produto das sociedades, assumindo-a como variável dependente. A questão articula-se, então, em torno de um debate: saber se a tecnologia determina ou é determinada por outras variáveis, nomeadamente ao nível organizacional, e saber se as suas consequências vão no sentido do "progresso social" (libertação do Homem de tarefas rotineiras e monótonas, enriquecimento dos conteúdos do trabalho, aumento da sua autonomia, aumento da qualificação da mão de obra, criação de novos empregos), ou, pelo contrário, se o seu desenvolvimento aponta no sentido da substituição da mão de obra, agravando o desemprego, empobrecendo ainda mais o trabalho e criando novas formas de desqualificação da mão de obra, na linha do taylorismo, discussão antiga que ressurge com o advento da automação.
Na realidade, a tecnologia não é uma variável neutra, mas é o resultado de escolhas e relações de poder no seio da sociedade e das organizações, e, neste sentido, os seus efeitos ao nível da qualificação e do emprego podem ser diversos.