Sociologia, perguntado por alohajulie, 11 meses atrás

Oq o trabalho representava durante a idade média ?

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Respondido por concordo
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Uma pessoa trabalhadora?


alohajulie: Com certeza flor!
concordo: Obg
Respondido por geesica45
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Na idade média o trabalho tem uma estreita vinculação com a religiosidade e sua organização vincula-se fortemente às diretrizes da igreja. É sabido que a igreja tinha forte influência na manutenção da estratificação social. A concepção predominante é de que o trabalho exige sacrifício e desprendimento e que a docilidade para enfrentar as dificuldades físicas e materiais enobrece o espírito.

Assim, o trabalho é procurado como penitência para os pecados da carne. Deveria proporcionar cansaço para o corpo e distração para o espírito, afastando-o de tentações demoníacas.

Na idade média, a ênfase do trabalho recai na expiação dos pecados e no combate à fraqueza da carne, prestando-se à manutenção da estratificação social.

A sociedade medieval, marcada pelas diferenças sociais, mantinha um modo de produção característico da divisão entre senhores e servos.

A idade média se organiza segundo o modelo de produção feudal. Nesse modelo as relações sociais caracterizam-se por rígida hierarquia entre os senhores, proprietários das terras, e os servos, aqueles que as cultivavam. A esses últimos cabia, em troca do trabalho, apenas a parte da produção necessária à subsistência familiar. Os servos deviam obediência aos senhores, mas, diferentemente dos escravos, possuíam direito à vida e proteção dos senhores em caso de guerra. À igreja, detentora do saber competia à manutenção dos princípios de obediência que regulavam essas relações (GONÇALVES; WISE, 1997, p. 22).

A vida nos mosteiros sugeria uma rígida disciplina de orações e introspecção. Parece ter surgido aí, segundo Carmo (1997) a obrigatoriedade moral do trabalho, independente da sua necessidade material, para ocupação da mente, de vez que a desocupação é inimiga da alma. Assim, os monges dedicavam algumas horas dos seus dias aos ofícios manuais.

Nas sociedades medievais, o ócio (ótium) aparece como um termo associado ao não trabalho, ao estar desocupado ou livre de uma obrigação. Neste sentido, estar ocupado significa negar o ócio, daí o termo negócio - nec-otium - conhecido até os dias do hoje.

Com a reforma protestante, o trabalho aparece como a base e a chave da vida. "Há uma ênfase de que a fé deve ser reforçada pelo trabalho" (CARMO, 1992, p. 27).

Neste sentido, passa a ser exaltado o esforço pessoal e a dedicação ao trabalho, estimulando-se a poupança ou investimento do capital excedente obtido, condenando-se o desfrute de bens. Na idade média o trabalho servia para expiar os pecados da carne.

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