Oq é o movimento neofascista ?
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Resposta:
Explicação:Neofascismo é uma ideologia pós-II Guerra Mundial a qual inclui elementos significativos do fascismo. O termo neofascista pode ser aplicado a grupos que expressem uma admiração específica por Benito Mussolini e pela Itália fascista. O neofascismo geralmente inclui nacionalismo, nativismo, anticomunismo e oposição ao sistema parlamentarista e à democracia liberal. A alegação de que um grupo seja neofascista pode ser calorosamente contestada, particularmente se o termo for usado como um epíteto político. Alguns regimes pós-II Guerra Mundial têm sido descritos como neofascistas devido a sua natureza autoritária, e, às vezes, por sua fascinação pela ideologia e rituais fascistas.
A tradição de regimes populistas e autoritários da América Latina que deram origem aos caudilhos do século XIX e início do século XX, e várias juntas militares que tomaram o poder durante a Guerra Fria criaram condições favoráveis para o surgimento de grupos e mesmo de governos alinhados com alguns ou vários pontos do ideário fascista. A maioria das juntas constituíram-se como ditaduras militares tradicionais, e alguns destes regimes (como o argentino), deram guarida a ex-nazistas tais como Adolf Eichmann e apoiaram movimentos neofascistas (como a Alianza Anticomunista Argentina).[1]
Índice
Argentina
Argentina - Em 1976 Isabel Perón, foi deposta por uma junta militar. A junta militar de Videla, que tomou parte da Operação Condor, apoiou vários movimentos neofascistas e de extrema direita e ao grupo terrorista neofascista Aliança Anticomunista Argentina (la Triple A). A SIDE apoiou o Golpe da Cocaína de Meza Tejada na Bolívia e treinou os "Contras" na Nicarágua.
Bolívia
Luis García Meza Tejada tomou o poder na Bolívia durante o Golpe da Cocaína em 1980, com o apoio do neofascista italiano Stefano Delle Chiaie, do criminoso de guerra nazista Klaus Barbie e da junta militar da Argentina. O regime foi acusado de apresentar tendências neofascistas e de admirar a parafernália e rituais nazistas. Hugo Banzer Suárez, que antecedeu Tejada, também manifestava admiração pelo nazi-fascismo.
Espanha
Em Espanha, o regime político de Francisco Franco “desfascizou-se progressivamente durante cerca de trinta anos”, tendo sido formados vários "grupúsculos" neofascistas em combate ao regime nos finais do anos 50 e nos anos 60. [2] . Após a morte de Franco, em Novembro de 1975, iniciou-se um período de transição para a Monarquia Constitucional durante o qual, entre 1976 e 1981, vários grupos neofascistas passaram a desencadear acções de índole terrorista, cometendo 46 assassínios e vários ataques à propriedade. Em 1981, as autoridades espanholas prenderam 141 militantes dessas organizações neofascistas [3].
Grécia
O neofascismo tem estado presente na política grega desde o regime autoritário de Ioannis Metaxas, embora com escassa simpatia entre a população. Durante os anos 1950 e anos 1960, neofascistas gregos formaram frações extremistas, uma das quais foi responsável pelo assassinato do político Gregoris Lambrakis. Em 1967, a junta militar grega de George Papadopoulos, buscou inspiração na era Metaxas de 1936-1941 e impôs aos gregos uma mentalidade neofascista de poder.
Uma década após o retorno à democracia (1974), o ex-líder da junta, George Papadopoulos, fundou e presidiu a União Política Nacional, um partido que se não era neofascista, pelo menos apoiava pontos de vista autoritários e o ideal de "Ellas ton Ellinon Christianon" ("Grécia para os gregos ortodoxos"). Os neofascistas gregos despertaram pouco mais que indiferença por parte da população em geral, mas continuaram a existir em partidos inexpressivos, raramente chegando a conquistar cadeiras no parlamento.
No início dos anos 1980, Nikolaos Michaloliakos, um ex-pára-quedista do exército grego e ex-líder da juventude da União Política Nacional, criou o Movimento Popular Nacional Hrisi Avgi ("Aurora Dourada" em grego), um partido neonazista que durou até aos dias de hoje, estando actualmente no parlamento grego. O "Aurora Dourada" opõe-se à imigração e conquistou 18 dos 300 assentos no parlamento em junho de 2012.[5][6] Nas eleições municipais de novembro de 2010, a Aurora Dourada obteve 5,3% dos votos em Atenas, adquirindo uma cadeira no Conselho da Cidade (legislativo municipal). Em alguns bairros o partido chegou a obter 20% dos votos. Ao entrar na câmara municipal após ser eleito em Atenas, Nikolaos Michaloliakos fez a chamada saudação romana (uma saudação que já existia na Roma Antiga e que foi adoptada pelos fascistas de Mussolini).