Observe a charge
JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gazolina brasileira. Quer mais quer?
JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!
THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001.
A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, ao
a) evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu as desigualdades regionais do país.
b) destacar que a modernização das indústrias dinamizou a produção de alimentos para o mercado interno.
c) enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais.
d) ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis incrementou os salários de trabalhadores.
e) mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu frente de trabalho para a população local.
Soluções para a tarefa
Resposta:
c) enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais.
Explicação:
Bom, basicamente Juscelino achava que melhorar as ruas e usar a gasolina que sempre pertenceu ao Brasil era grande feito, enquanto muitas pessoas não tinham o que comer, então o Jeca SE tivesse um automóvel E DINHEIRO para colocar combustível brasileiro, anularia o fato de os impostos pagos em cima de alimentos (também brasileiros) serem altos. Ou seja, esse investimento visou atrair estrangeiros e melhorar as condições de carregamento de cargas, assim aumentando o giro econômico, mas aumentando para quem? Com certeza não aumentou muito para o Jeca. Por isso gerou contradições socioespaciais em conjunto com o crescimento econômico.
Resposta:
c) enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais.
Explicação:
(geekie)
Como é costumeiro ocorrer em relação a governos de bases populistas, os aspectos positivos do crescimento são usados para a propaganda ufanista oficial, enquanto os problemas mais sérios decorrentes desse crescimento servem de combustível para os ataques das oposições em geral. Com o Plano de Metas de JK não foi diferente. O crescimento de fato ocorreu, mas não se traduziu automaticamente em desenvolvimento econômico no sentido dos benefícios para a maioria da população. Apesar das intenções do governo em promover a integração nacional, com os projetos de transportes e os incentivos a investimentos, como Brasília e a Sudene, as contradições inter-regionais permaneceram ou até aumentaram. O crescimento econômico serviu a poucos, mas suas consequências negativas atingiram a maioria da população, de baixa renda.