História, perguntado por lopesrafaella088, 8 meses atrás

objetivos da inconfidência mineira​

Soluções para a tarefa

Respondido por Birulim
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Resposta:

Explicação:

Resumo da Inconfidência Mineira

Causas

No final do século XVIII, o Brasil, que ainda era colônia de Portugal, sofria com os exageros políticos e com as altas taxas de impostos. Era um período de grande extração de ouro, principalmente na capitania de Minas Gerais. De todo ouro encontrado, devia-se pagar a quinta parte, ou seja, 20% de tudo que era extraído ia para as mãos dos portugueses.  

Aqueles que não pagavam o imposto e eram descobertos sofriam duras punições, podendo até ser transportados à força para a África. Com a grande extração, o ouro começou a diminuir nas minas, entretanto, as taxas de imposto não diminuíram. O governo de Portugal criou então uma lei chamada “Derrama”.  

O que foi a Derrama?

A lei da Derrama decretava que cada região de extração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (cerca de 1500 quilos) por ano para Portugal. Quando esta meta não era atingida, soldados da coroa invadiam as casas das famílias para confiscarem seus pertences até que valor devido fosse completado.

O custo de vida aumentava cada vez mais em toda a região, pois toda compra de mercadoria ocorria à prazo e com ouro. Desta forma, os que detinham o monopólio do metal ficaram cada vez mais endividados. Com isso, deixaram de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de escravos que também foram arrastados para a crise.

Igualmente, o Alvará de 1785, piorou a situação, pois este decretava o fechamento de manufaturas locais, forçando o povo a consumir somente produtos importados e de alto preço.

Todas estas ações provocaram alta insatisfação na população e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e participar mais ativamente na política do país.  

Alguns intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas, considerados a elite brasileira, sob influência das ideias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, se juntaram para procurar uma resolução definitiva para a situação: conquistar a independência de Minas.

Objetivos da Inconfidência Mineira

Obter a independência de Minas Gerais em relação a Portugal e implantar uma república;

Acabar com o monopólio comercial português;

Liberar e favorecer a implantação de manufaturas em Minas.

Os Inconfidentes: líderes da Inconfidência Mineira

Os inconfidentes eram, em sua maior parte, grandes mineradores ou proprietários, padres e literatos. Liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido por Tiradentes, o grupo era formado pelos poetas: Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o proprietário de mina Inácio de Alvarenga e o padre Rolim, entre outros que representavam a elite mineira.  

O grupo de inconfidentes chegou a estabelecer até uma nova bandeira para Minas. Esta seria composta por um triângulo vermelho em um fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).

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Tiradentes

Nascido na Vila de São José Del Rei (atual cidade de Tiradentes, Minas Gerais) em 1746, e criado na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto), Joaquim José da Silva Xavier foi o líder do movimento da Inconfidência Mineira. O inconfidente foi chamado “Tiradentes” porque exercia a profissão de dentista naquela época, apesar de não ter estudado regularmente.

O Fim da Inconfidência Mineira

A revolta tinha como data de início o dia da Derrama, que os portugueses programaram para 1788 mas que foi suspenso quando souberam da conjuração.

O grupo de inconfidentes foi descoberto através da delação de três participantes da conspiração, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o mestre de campo militar Inácio Correia Pamplona, que procuraram o governador, Visconde de Barbacena, para delatar o movimento.

Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro, no dia 10 de maio de 1789. Após quase quatro anos de processo, todos os integrantes do grupo de inconfidentes foram perdoados ou condenados ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro.  

Após o cumprimento da sentença, o corpo foi esquartejado e ficou exposto e as partes foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Vila Rica. Nesta última cidade, a cabeça de Tiradentes foi exposta em um poste, em praça pública. Esta ação era simbólica: o governo português queria anunciar o que aconteceria com aqueles que sequer pensassem em cometer o crime de conspiração.

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