Português, perguntado por ricardohilkner, 8 meses atrás

O texto contém, paralelamente à história do cronista, Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito — como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta. Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento — e depois esqueci. Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar, que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava. Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven — e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro? Alguma coisa que eu disse distraído — talvez palavras de algum poeta antigo — foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças. duas histórias estruturalmente semelhantes. Quais são essas histórias? O texto contém, paralelamente à história do cronista, duas histórias estruturalmente semelhantes. Quais são essas histórias?

a. A do canário e a de Beethoven.
b. A do leitor e a do ouvinte.
c. A da princesa e a de seu povo.
d. A do canário e a da princesa.
e. A dos ferimentos e a dos consolos provocados pelas palavras.

Soluções para a tarefa

Respondido por oliveiraconcursos
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Paralelamente a essa história mostrada pelo texto, vemos as histórias descritas na alternativa A.

 

Conseguimos ver na história, que o autor em sua crônica narra um evento que o marcou, que foi perceber a ligação entre o pássaro de sua amiga (um canário) e o autor e compositor clássico Bethoven.

 

A crônica, nos mostra a história de um pássaro (canário) triste, que nunca havia assobiado. Que quando se depara com um pequeno assobio da sinfonia de Bethoven, encontra motivos e consegue pela primeira vez assobiar algo.

 

Vemos então, duas histórias paralelas, a de Bethoven e a do Canário.

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