O texto abaixo relata a experiência de um pesquisador ocorrida em uma festa junina com pessoas surdas.
Outra festa a que compareci, duas semanas depois, foi realizada nas dependências do Instituto Santa Terezinha, no bairro da Saúde. Foi uma experiência diferente: entrei na festa e de repente me vi no meio de cerca de dois mil surdos - eu nunca tinha visto tantos surdos juntos - e ali eu é que era o estranho! Não falava como eles, não entendia o que diziam, sentia-me caminhando por uma tribo cuja língua eu não conhecia, cujos costumes me eram alheios. Sequer sabia qual era a etiqueta, por exemplo: como é pedir desculpas, na língua de sinais, quando a gente esbarra em alguém? No início, essa dificuldade causou um certo constrangimento, mas logo comecei a circular no meio deles e a apreciar outras formas de contato e sociabilidade que, se eu não podia decodificar por meio daquela língua, porque eu não a dominava, podiam ser entendidas por meio de outros códigos.
(fonte:. MAGNANI, José Guilherme Cantor. A antropologia urbana e os desafios da metrópole. Disponível em: . Acesso em 6 jun. 2013)
O tipo de pesquisa descrito é:
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a. Pesquisa de campo
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