O texto abaixo descreve o sítio de Dholavira, localizado em Gujarat, na Índia, próximo à fronteira com o Paquistão. Habitado desde aproximadamente 3000 a.C., guarda importantes testemunhos da maneira como viviam os antigos habitantes da Índia.
Dholavira era uma cidade murada que ocupava cerca de 50 hectares numa ilha salpicada de cactos e vegetação espinhosa, em meio ao Rann de Kutch – uma área pantanosa ressecada que é inundada periodicamente pelo mar da Arábia.
[...] Alguns estudiosos acham muito provável que Dholavira tenha sido um porto ou um forte que protegia o comércio marítimo com o golfo Pérsico e Omã. Atualmente não existe nenhuma via navegável unindo Dholavira ao mar, mas talvez tenha existido um canal na época em que surgiu a cidade, por volta de 2500 a.C.
[...] Numerosos reservatórios se espalhavam por Dholavira – e é provável que alguns fossem usados para os banhos rituais. Mas, sobretudo, disse Bisht, “o que importava para essa gente era não perder nenhuma gota d’água”. Não havia nenhum rio de água doce fluindo para essas regiões costeiras de alta salinidade. Por isso, Dholavira decerto dependia muito das chuvas, na época das monções. Duas ravinas próximas à cidade foram represadas para captar as águas pluviais e uma série de canaletas as conduzia para os reservatórios.
A principal colina de Dholavira, que se eleva a cerca de 15 metros de altura, tem maciças muralhas de pedra e parece uma fortaleza. Ali morava o governante, acredita Bisht. Ele não discorda de [...] outros que consideram a civilização do Indo uma espécie de Império econômico, composto de várias cidades-Estado com uma cultura comum. De fato, Dholavira já revelou artefatos idênticos aos encontrados em Harappa e Mohenjo-Daro.
Entretanto, [...] Bisht considera Dholariva obra de um poderoso monarca. “Seria preciso dispor de vastos recursos para construir uma cidade assim”, diz. E, a julgar pelo trabalho braçal necessário para construir a cidadela, as cisternas e as muralhas da cidade, Bisht considera provável a existência de escravos.
(EDWARDS, Mike. A civilização do rio Indo. National Geographic Brasil. São Paulo: Abril, volume 1, n. 2, jun. 2000. p. 140 e 141).
a) De acordo com as informações do texto acima, quais podem ter sido as funções originais da cidade de Dholavira?
b) Sem a presença de fontes permanentes de água doce, como os habitantes da cidade conseguiam sobreviver?
c) Muitos historiadores consideram que a necessidade de realizar obras de grande vulto para controlar as águas de rios como o Nilo, o Tigre e o Eufrates explicam o surgimento dos Estados do Antigo Oriente. Se considerarmos as informações do texto, esse raciocínio se aplicaria também à cidade de Dholavira? Explique.
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a) De acordo com alguns estudiosos, acredita-se que a cidade tenha sido um importante porto ou um forte que visava assegurar o comércio marítimo com Omã e o golfo Pérsico.
b) Havia imensos reservatórios de água espalhados por toda cidade, que guardavam a água da chuva captada por um sistema de ravinas represadas e canaletas.
c) Sim, o raciocínio pode ser aplicar a Dholariva porque a cidade precisava de um complexo sistema de captação e armazenagem das chuvas, e a construção e organização de tal sistema só poderia ser realizado sob a condição de um poder centralizado que dispusesse de muitos recursos, poder, e provavelmente escravos.
b) Havia imensos reservatórios de água espalhados por toda cidade, que guardavam a água da chuva captada por um sistema de ravinas represadas e canaletas.
c) Sim, o raciocínio pode ser aplicar a Dholariva porque a cidade precisava de um complexo sistema de captação e armazenagem das chuvas, e a construção e organização de tal sistema só poderia ser realizado sob a condição de um poder centralizado que dispusesse de muitos recursos, poder, e provavelmente escravos.
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