História, perguntado por raquelquintao1966, 10 meses atrás

O território colonial foi dividido em 15 extensas faixas de terra. A administração de cada capitania foi oferecida a nobres portugueses, que passavam a ter o título de capitães donatários. Para tornar o cargo mais atrativo, o governo determinou que o território e o título de capitão seriam hereditários. O trecho acima se refere às: sistema administrativo. capitanias hereditárias. cartas de Doação. sistema de governo.

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Respondido por gustavohfranke2002
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Resposta: O trecho acima claramente se refere às Capitanias Hereditárias.

Explicação: As Capitanias Hereditárias foram um sistema administrativo implementado pela Coroa Portuguesa no Brasil em 1534.

O território do Brasil, pertencente a Portugal, foi dividido em faixas de terras e concedidas aos nobres de confiança do rei D. João III (1502-1557). Essas poderiam ser passadas de pai pra filho e por isso, foram chamadas de hereditárias.

Os principais objetivos eram povoar a colônia e dividir a administração colonial. As Capitanias Hereditárias, porém, tiveram vida curta e foram abolidas dezesseis anos após sua criação.

Resumo

Após a descoberta das terras a leste do Tratado de Tordesilhas, em 1500, por Pedro Álvares Cabral, o foco da Coroa portuguesa na sua colônia da América Portuguesa era a extração dos recursos da terra, como o pau-Brasil.

Isso se devia ao fato de não terem sido encontrados metais preciosos como foi o caso dos espanhóis nas suas possessões.

O sistema de capitanias hereditárias foi implantado a partir da expedição de Martim Afonso de Sousa, em 1530. Os portugueses tiveram receio de perderem suas terras conquistadas para outros europeus que já estavam negociando com os indígenas e buscavam se fixar ali.

Para tanto, a Coroa Portuguesa imediatamente adotou medidas para povoar a colônia, evitando, dessa maneira, possíveis ataques e invasões.

O sistema de capitanias havia sido implementado pelos portugueses na Ilha da Madeira, nos Arquipélagos dos Açores e de Cabo Verde.

Assim, ficou estabelecido a criação de 15 capitanias e seus 12 donatários, uma vez que uns receberam mais que uma porção de terra e as Capitanias do Maranhão e São Vicente foram divididas em duas porções.

Segue abaixo o nome de cada e de seus respectivos donatários:

Capitania do Maranhão: João de Barros e Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade

Capitania do Ceará: Antônio Cardoso de Barros

Capitania do Rio Grande: João de Barros e Aires da Cunha

Capitania de Itamaracá: Pero Lopes de Sousa

Capitania de Pernambuco: Duarte Coelho Pereira

Capitania da Baía de Todos os Santos: Francisco Pereira Coutinho

Capitania de Ilhéus: Jorge de Figueiredo Correia

Capitania de Porto Seguro: Pero do Campo Tourinho

Capitania do Espírito Santo: Vasco Fernandes Coutinho

Capitania de São Tomé: Pero de Góis da Silveira

Capitania de São Vicente: Martim Afonso de Sousa

Capitania de Santo Amaro: Pero Lopes de Sousa

Capitania de Santana: Pero Lopes de Sousa

Direitos e Obrigações do Donatário

O rei Dom João III concedeu as terras para nobres de sua confiança. Cada Capitão Donatário era considerado a autoridade máxima, ficando responsável por povoar, administrar, proteger o território, fundar vilas e desenvolver a economia local. Por sua parte, a Coroa Portuguesa não dava nenhuma ajuda financeira aos donatários para esse empreendimento.

Os donatários, por outro lado, possuíam alguns privilégios jurídicos e fiscais como:

escravizar indígenas;

cobrar tributos e doar lotes de terra não cultivados (sesmarias);

explorar a região e usufruir de todos seus recursos naturais (donde uma porcentagem pertencia à coroa), desde animais, madeira e minérios.

A despeito de possuírem grande poder, as capitanias não pertenciam aos donatários e sim à Coroa Portuguesa que cobrava um imposto denominado “dízimo”, ou seja, 10% da produção da capitania.

No entanto, o sistema de capitanias sofreu com a falta de recursos, algumas foram abandonadas e em outras jamais seus donatários estiveram ali. Igualmente sofreram ataques indígenas, os quais lutavam contra a invasão de suas terras.

Desta maneira, o empreendimento das capitanias hereditárias fracassou. Somente duas foram bem-sucedidas:

Capitania de Pernambuco, comandada por Duarte Coelho, responsável por introduzir o cultivo da cana de açúcar;

Capitania de São Vicente, comandada por Martim Afonso de Sousa, graças ao tráfico de indígenas que realizavam naquelas terras.

Após a inviabilidade das Capitanias Hereditárias, a colônia passou por uma reforma administrativa e foi instituído o Governo Geral.

Curiosidades

As capitanias hereditárias impulsionaram o crescimento das vilas, que aos poucos se transformaram em províncias, e, mais tarde constituíram alguns estados brasileiros.

A herança dos sistema de capitanias hereditárias pode ser sentido até hoje através do coronelismo e das famílias que seguem mantendo o poder em certos estados.

Martim Afonso de Sousa permaneceu pouco tempo em sua capitania, pois foi deslocado para ocupar um posto nas Índias. Quem administrou a terra foi sua esposa, Ana Pimentel. Fonte das informações: site Toda Matéria (muito bom para estudos, recomendo muito), autoria do texto: Juliana Bezerra. Espero ter ajudado :)

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