ENEM, perguntado por IngridRodrigues453, 11 meses atrás

O sobrevivente Impossível compor um poema a essa altura da evolução da [humanidade. Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de [verdadeira poesia. O último trovador morreu em 1914. Tinha um nome de que ninguém se lembra mais. Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades [mais simples. Se quer fumar um charuto aperte um botão. Paletós abotoam-se por eletricidade. Amor se faz pelo sem-fio. Não precisa estômago para digestão. Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta muito para atingirmos um nível razoável de cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto. Os homens não melhoraram e matam-se como percevejos. Os percevejos heroicos renascem. Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado. E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio. (Desconfio que escrevi um poema). Carlos Drummond de Andrade. Nova reunião: 19 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. No último verso, o poeta faz uma reflexão sobre o que es- creveu. Trata-se do exercício de uma das funções da linguagem, denominada: a) poética, devido à ênfase dada à mensagem, recurso expressi- vo empregado pelos poetas. b) emotiva, pois dá vazão às emoções por meio da primeira pessoa. c) metalinguística, já que, por meio do código, discute-se o pró- prio código. d) fática, porque dá início à comunicação com o objetivo de se passar a mensagem. e) apelativa, por interpelar o interlocutor para se criar um efeito de aproximação.

Soluções para a tarefa

Respondido por brendaisis
1

Letra c.

Nota-se que por intermédio do texto acima, o autor promove a discussão acerca do próprio código, e por isso, pode ser identificada como função metalinguística.

A função metalinguística compreende aquela que utiliza o código para tratar do próprio código, como no caso acima. Isso porque o autor do poema acima utiliza a linguagem poética para abordar a própria criação de uma poesia, apresentando, por isso, uma estrutura singular.

Perguntas interessantes