Português, perguntado por Usuário anônimo, 1 ano atrás

O RJTV exibe hoje a última reportagem sobre o ensino público. A repórter Mônica Teixeira e o repórter cinematográfico Rogério Lima mostram como estão o rendimento dos alunos e o problema da evasão escolar no estado.
A redação inteira não tem mais que duas linhas, o máximo que o aluno é capaz de escrever. As férias foram resumidas em poucas palavras, indecifráveis.
Os textos são de estudantes de uma escola municipal do Rio. Na rede, desde o ano 2000, funciona o sistema de ciclos, para os alunos até o terceiro ano do Ensino Fundamental.
O princípio é que cada criança tem um tempo diferente para se desenvolver. Por isso, as séries foram substituídas por ciclos de três anos e nesse período não há reprovação. Uma frustração para a professora Edna Félix que, há 26 anos, ensina crianças a ler e a escrever.
“Com a quantidade de alunos que você tem em sala de aula é impossível você dar esse atendimento, que seria um atendimento mais individualizado. O resultado disso é exatamente esse: crianças que vão para a terceira e para a quarta séries completamente analfabetas”, diz a professora.
A especialista Alícia Bonamino defende os ciclos. Acha que o sistema funciona e afirma que o método exige mais empenho dos professores e da escola: "Que a escola se organize de forma que os professores colaborem, planejem juntos, tenham as metas compartilhadas, conheçam muito bem o momento do aluno".
O número de estudantes reprovados ou que abandonaram o Ensino Fundamental caiu de 45% na década de 80 para 26% no fim dos anos 90.
Fazer com que meninos e meninas permaneçam mais tempo dentro da escola continua sendo um grande desafio da educação. Em uma turma de Ensino Fundamental com 30 alunos, em média dois abandonam os estudos no Rio.
No Ensino Médio, a evasão é maior: de cada 30, três deixam a escola. E dentro da sala de aula, o desafio também é enorme: garantir a quem fica um verdadeiro aprendizado. A partir deste ano, a experiência dos ciclos será ampliada para todo o Ensino Fundamental nas escolas municipais do Rio.
O sistema de avaliação da educação básica no país mediu o desempenho do ensino público. No estado do Rio, os alunos de 4ª série ficaram em quinto lugar no ranking nacional em português e em quarto em matemática.
Mas o rendimento piora na medida em que avançam de série. Na 8ª, sétimo lugar em português e oitavo em matemática. E no Ensino Médio, é ainda mais grave: 14ª colocação em português e 12ª em matemática.
No Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, os estudantes do estado conquistaram a quarta melhor média do país na prova objetiva. Resultado influenciado pelo desempenho das escolas particulares.
Enquanto os estudantes de colégios privados tiveram média de 49,16, os das escolas públicas tiveram média de 35,88, abaixo da média nacional, 36,9.
Mas, na avaliação do secretário estadual de Educação, Nélson Maculan, o ensino público no Rio não está reprovado: “A educação estadual do Rio de Janeiro, para mim, fica em nota 5. Está na média. O desafio é chega a 8, 9”.
Jusélia do Nascimento não teve chance de aprender. Aos 21 anos, já é dona de casa e mãe. A responsabilidade da vida adulta chegou ainda na infância. Virou mulher sem passar uma única vez sequer pela escola. “As pessoas iam para a escola e só eu não ia. Eu me sentia até mal, ficava com vergonha”, conta ela.
Agora Jusélia está em busca da sua identidade. O documento é novo. E nele, a assinatura, por enquanto, está incompleta. “Eu vou aprender a escrever meu sobrenome, tenho fé em Deus”, diz.
A criança que virou mulher cedo demais volta a ser menina quando veste o uniforme. E segue cheia de sonhos da infância finalmente para a escola.
1. Em uma reportagem, geralmente há depoimentos de pessoas que são usados como argumentos pelo repórter em defesa de sua opinião. Identifique os depoimentos presentes na reportagem. Como eles se caracterizam.
2. Observe os depoimentos presentes na reportagem. Por que, em sua opinião, estas pessoas foramentrevistadas?
3. Releia este trecho:
“Com a quantidade de alunos que você tem em sala de aula é impossível você dar esse atendimento, que seria um atendimento mais individualizado. O resultado disso é exatamente esse: crianças que vão para a terceira e para a quarta séries completamente analfabetas”
Que pergunta o repórter deve ter feito à professora para receber essa resposta?
5. A reportagem escrita, geralmente, é dividida em três partes: manchete, lead e corpo.
Localize estas partes na reportagem lida.​

Soluções para a tarefa

Respondido por Asunauchiha
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Resposta:

1)"O princípio é que cada criança tem um tempo diferente para se desenvolver. Por isso, as séries foram substituídas por ciclos de três anos e nesse período não há reprovação. Com a quantidade de alunos que você tem em sala de aula é impossível você dar esse atendimento, que seria um atendimento mais individualizado. O resultado disso é exatamente esse: crianças que vão para a terceira e para a quarta séries completamente analfabetas”, diz a professora. Uma frustração para a professora Edna Félix.

"Que a escola se organize de forma que os professores colaborem, planejem juntos, tenham as metas compartilhadas, conheçam muito bem o momento do aluno". Alicia bonamino

“A educação estadual do Rio de Janeiro, para mim, fica em nota 5. Está na média. O desafio é chega a 8, 9”. Secretário da educação Nelson Maculan.

"As pessoas iam para a escola e só eu não ia. Eu me sentia até mal, ficava com vergonha”,e completa: “Eu vou aprender a escrever meu sobrenome, tenho fé em Deus” Juselia do nascimento.

Eles se caracterizam pelo fato de terem uma mesma visão e o mesmo objetivo para educação mesmo com opiniões distintas seus objetivos são iguais.

2) as pessoas foram entrevistadas como exemplos para que os leitores tenham fundamentos de que a educação é de grande importância e que com essa época de coronavirus houve uma grande queda na alfabetização de vários alunos.

3) Como está sendo ensinar os alunos pelo meio virtual?

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