O que você sabe sobre o ensino da filosofia no Brasil e no mundo
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Resposta:
O ensino da filosofia no Brasil é quase contemporâneo da sua
descoberta. Eis uma afirmativa que poderá causar surpresa àqueles que,
de costas para a história dessa disciplina entre nós, só se preocupam com
o que se passou ou se passa em outros centros de cultura. Mas o fato é
que, com a vinda de Tomé de Sousa em 1549, aqui chegaram os seis primei-
ros jesuítas. Era recente a criação da Ordem, tendo sido entregue à
Companhia de Jesus todo o trabalho de catequese e de ilustração da nova
colónia.
Logo no ano seguinte doava o Governador Geral um terreno a Manuel
da Nóbrega, em Água de Meninos, para a construção do primeiro colégio.
E aí se funda em 1556 este centro inicial de aprendizado e educação. Claro
que a principal preocupação era a da catequese e a de ensinar a ler e
escrever. Ao lado da escola primária já apareciam, contudo, os estudos de
nível secundário ou normal. A primeira legislação escolar da Companhia,
as Constituições de 1559, aplicadas à instalação dos cursos em terras brasi-
leiras, exigia cinco anos para as letras e sete para os estudos universitários
de filosofia e teologia. Era privativo da Universidade de Coimbra o estudo
de direito civil, o canónico no foro contencioso e a medicina. Por outro lado,
formavam-se nos colégios da Companhia não somente mestres, como igual-
mente licenciados.
Segundo o padre Serafim Leite, o primeiro curso de filosofia que se
leu no Brasil ocorreu no ano de 1572: «No fim dele, o Colégio da Bahia deu
o grau de Mestre em Artes aos estudantes de fora; aos de casa também,
aos que o mereciam ou se destinavam a Mestres» (1) . E, em outro escrito,
informa ainda o conspícuo sabedor das nossas coisas dos tempos coloniais:
«Concluamos com a nota final de que se chegaram a dar graus em Arte
(filosofia), no Colégio da Bahia, no século XVI. A primeira colação de
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