o que você pode perceber em relação a trilha sonora?
E na relação com outras linguagens?
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segunda-feira, 18 de julho de 2011O som do cinema: Trilha sonora
“A música surge [...] como um elemento-chave, ou seja, como uma necessidade do cinema” (MORIN, 1997, p. 101). Aprofundar a percepção, perceber olhares, dramatizar cenas. Um assassinato, uma morte trágica, um silêncio prolongado, uma cena marcante, nada disso seria plenamente possível se não fosse a trilha sonora. Ela dá peso ao filme, consistência ao drama, suaviza uma tragédia, aprofunda e oferece ao espectador a sensação de agonia e eternidade a uma simples sequência de segundos. Ela traz beleza à história. Quem não se lembra da cena clássica de Psicose, de Hitchcock, em que a personagem Marionde (Janet Leigh) é assassinada no banheiro de um motel. A sequência que teve uma duração de 45 segundos ficou eternizada pela montagem inovadora da época e pela música que simplesmente marcou o filme.Assim é a trilha sonora, é capaz de fazer o espectador se lembrar de uma cena ou longa somente pela sua melodia. Ela marca tanto um filme e se torna tão necessária que se a película existisse sem essa trilha em especial, não teria o mesmo sentido ou impacto. Mas para compreendê-la é preciso primeiramente perceber o som, é necessário buscar suas raízes, ir um pouco mais profundo nas bases de sua essência.Como se percebe o som? Como captar suas mensagens? Como ele interfere em nossas lembranças? Como escutá-lo? “Para ouvir, basta-nos que os ouvidos sejam capazes, fisiologicamente, de captar o som; para escutar, é necessário que haja intenção deliberada, por parte de quem ouve, em desejar captar o som” (VALENTE, 1999, p. 35). Nesse sentido, ouvir e escutar, apesar de serem sinônimos, nestes estudos terão conotações distintas.
EssênciaCom o decorrer da história do cinema, poucos foram os estudos dados a essa área. Devido a sétima arte ser constituída em sua base por imagens, um estudo ligado exclusivamente ao ouvir torna-se difícil e quase impossível encontrar ou conhecer. Para se compreender o som no cinema, é preciso num primeiro momento, focar os estudos sobre o campo da música, pois afinal, a trilha sonora é feita ruídos, sons, ou todo e qualquer tipo de sonoridade e o que é música? Segundo Dantas (2010) a “música é a sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo”, ela pode ser divida emmelodia, harmonia e ritmo. Melodia “é a organização simples de uma série de sons musicais, constituindo-se o elemento principal da música. É a sequência de sons que você vai cantar ou tocar” (DANTAS, 2010), ritmo é o tempo de cada parte da melodia, ela age em função da duração do som, ela dá o movimento sonoro na música e harmonia “é a combinação dos sons ouvidos simultaneamente, é o agrupamento agradável de sons” (DANTAS, 2010).A música assim como o cinema sofreu diversas transformações com o passar dos anos. Amplamente estudada, o conceito sobre essa sucessão de sons tornou-se polêmico com o avanço dos estudos, ou seja, a junção de qualquer som é por obrigação uma música? Nesse caso, não entraremos nos detalhes e méritos dessa questão, mas é preciso perceber que qualquer sonoridade, pode-se receber o conceito de música e sabendo usá-la, poderá perfeitamente obter uma melodia agradável e rica em complexidade e estudos. Duas dessas sonoridades que os teóricos da música perceberam com o tempo são o barulho e o silêncio .
Com a revolução industrial, novos sons como interferências e ruídos foram incorporados ao ritmo da sociedade, nesse sentido, o homem teve que aprender a acompanhar essa nova melodia. Segundo Valente (1999, p. 33): “As conseqüências da ploriferação do ruído – o barulho – foram indubitavelmente determinantes no que diz respeito aos modos de ouvir, pois promoveram uma mudança perceptiva [...] cuja origem se encontra na transformação da paisagem sonora”.Nesse caso, entende-se por paisagem sonora os estudos sobre qualquer ambiente, seja real ou abstrato, natural ou industrial, qualquer esfera sonora, desde uma partitura musical, um programa de rádio, o som de um trânsito ou aos sons naturais de uma fazenda (SHAFER, 1991) e compreende-se como barulho ou ruído todos os tipos de melodias ou arranjos que interferem no som comum das harmonias, trazendo uma dificuldade ao que está ouvindo em tentar decifrá-la. Esse ruído pode ser desde a buzina de um carro a uma produção industrial, construção, um trem em movimento ou da água escorrendo por uma calha, em relação ao ruído, iremos abordar mais a frente.Numa sociedade marcada pelas imagens, se ater ao som não é uma tarefa fácil, entretanto não é impossível, já que o “nosso século é marcado, desde os primeiros anos, pela invasão deste barulho“ (VALENTE, 1999. p. 30), ou seja, perceber o som é um exercício de ouvir, pois ele está abundantemente ao nosso derredor, “foi somente o crescimento abrupto do barulho que permitiu ao ruído ser percebido, delineado, questionado” (VALENTE, 1999. p. 43). Ruídos, murmúrios, gritos, silêncios, todos esses detalhes fazem parte dessa melodia.
“A música surge [...] como um elemento-chave, ou seja, como uma necessidade do cinema” (MORIN, 1997, p. 101). Aprofundar a percepção, perceber olhares, dramatizar cenas. Um assassinato, uma morte trágica, um silêncio prolongado, uma cena marcante, nada disso seria plenamente possível se não fosse a trilha sonora. Ela dá peso ao filme, consistência ao drama, suaviza uma tragédia, aprofunda e oferece ao espectador a sensação de agonia e eternidade a uma simples sequência de segundos. Ela traz beleza à história. Quem não se lembra da cena clássica de Psicose, de Hitchcock, em que a personagem Marionde (Janet Leigh) é assassinada no banheiro de um motel. A sequência que teve uma duração de 45 segundos ficou eternizada pela montagem inovadora da época e pela música que simplesmente marcou o filme.Assim é a trilha sonora, é capaz de fazer o espectador se lembrar de uma cena ou longa somente pela sua melodia. Ela marca tanto um filme e se torna tão necessária que se a película existisse sem essa trilha em especial, não teria o mesmo sentido ou impacto. Mas para compreendê-la é preciso primeiramente perceber o som, é necessário buscar suas raízes, ir um pouco mais profundo nas bases de sua essência.Como se percebe o som? Como captar suas mensagens? Como ele interfere em nossas lembranças? Como escutá-lo? “Para ouvir, basta-nos que os ouvidos sejam capazes, fisiologicamente, de captar o som; para escutar, é necessário que haja intenção deliberada, por parte de quem ouve, em desejar captar o som” (VALENTE, 1999, p. 35). Nesse sentido, ouvir e escutar, apesar de serem sinônimos, nestes estudos terão conotações distintas.
EssênciaCom o decorrer da história do cinema, poucos foram os estudos dados a essa área. Devido a sétima arte ser constituída em sua base por imagens, um estudo ligado exclusivamente ao ouvir torna-se difícil e quase impossível encontrar ou conhecer. Para se compreender o som no cinema, é preciso num primeiro momento, focar os estudos sobre o campo da música, pois afinal, a trilha sonora é feita ruídos, sons, ou todo e qualquer tipo de sonoridade e o que é música? Segundo Dantas (2010) a “música é a sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo”, ela pode ser divida emmelodia, harmonia e ritmo. Melodia “é a organização simples de uma série de sons musicais, constituindo-se o elemento principal da música. É a sequência de sons que você vai cantar ou tocar” (DANTAS, 2010), ritmo é o tempo de cada parte da melodia, ela age em função da duração do som, ela dá o movimento sonoro na música e harmonia “é a combinação dos sons ouvidos simultaneamente, é o agrupamento agradável de sons” (DANTAS, 2010).A música assim como o cinema sofreu diversas transformações com o passar dos anos. Amplamente estudada, o conceito sobre essa sucessão de sons tornou-se polêmico com o avanço dos estudos, ou seja, a junção de qualquer som é por obrigação uma música? Nesse caso, não entraremos nos detalhes e méritos dessa questão, mas é preciso perceber que qualquer sonoridade, pode-se receber o conceito de música e sabendo usá-la, poderá perfeitamente obter uma melodia agradável e rica em complexidade e estudos. Duas dessas sonoridades que os teóricos da música perceberam com o tempo são o barulho e o silêncio .
Com a revolução industrial, novos sons como interferências e ruídos foram incorporados ao ritmo da sociedade, nesse sentido, o homem teve que aprender a acompanhar essa nova melodia. Segundo Valente (1999, p. 33): “As conseqüências da ploriferação do ruído – o barulho – foram indubitavelmente determinantes no que diz respeito aos modos de ouvir, pois promoveram uma mudança perceptiva [...] cuja origem se encontra na transformação da paisagem sonora”.Nesse caso, entende-se por paisagem sonora os estudos sobre qualquer ambiente, seja real ou abstrato, natural ou industrial, qualquer esfera sonora, desde uma partitura musical, um programa de rádio, o som de um trânsito ou aos sons naturais de uma fazenda (SHAFER, 1991) e compreende-se como barulho ou ruído todos os tipos de melodias ou arranjos que interferem no som comum das harmonias, trazendo uma dificuldade ao que está ouvindo em tentar decifrá-la. Esse ruído pode ser desde a buzina de um carro a uma produção industrial, construção, um trem em movimento ou da água escorrendo por uma calha, em relação ao ruído, iremos abordar mais a frente.Numa sociedade marcada pelas imagens, se ater ao som não é uma tarefa fácil, entretanto não é impossível, já que o “nosso século é marcado, desde os primeiros anos, pela invasão deste barulho“ (VALENTE, 1999. p. 30), ou seja, perceber o som é um exercício de ouvir, pois ele está abundantemente ao nosso derredor, “foi somente o crescimento abrupto do barulho que permitiu ao ruído ser percebido, delineado, questionado” (VALENTE, 1999. p. 43). Ruídos, murmúrios, gritos, silêncios, todos esses detalhes fazem parte dessa melodia.
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