Saúde, perguntado por leeh406, 11 meses atrás

o que você pode dizer em relação à quantidade de transplantes de coração no Brasil ao longo dos anos ​

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Respondido por mariaeduarda143676
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Resposta:

Brasil atende 23% da demanda para transplantes de coração

Há 50 anos, em 26 de maio de 1968, o primeiro transplante de coração do país acontecia no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Apesar da evolução nas pesquisas, hoje, apenas 23% da necessidade estimada no país é suprida, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Mesmo com boa parte dos doadores formada por vítimas da "epidemia de violência", ainda faltam corações e centros de excelência.

A história do primeiro transplante de coração pelo olhar de quem estava lá

Coração artificial e xenotransplantes: as alternativas para o transplante

Trezentos e oitenta brasileiros doaram e receberam um coração em 2017 - mesmo assim, a demanda estimada era de 1.638 cirurgias. Isso representa um déficit de 1.258 órgãos. As estimativas são da ABTO. Procurado pelo G1, o Ministério da Saúde não deu balanço dos transplantes e de sua participação no custeio dos procedimentos.

Os transplantes foram realizados por 36 equipes médicas, mas não ocorreram em todo o país.

"O desafio é o país ter mais doadores. Qual é o problema do transplante do Brasil? Precisamos de mais centros e mais doadores", disse Roberto Kalil, presidente do Conselho Diretor do Incor.

Capitais concentram mais de 80% das cirurgas de transplante de coração do Brasil — Foto: Incor/Divulgação

Capitais concentram mais de 80% das cirurgas de transplante de coração do Brasil — Foto: Incor/Divulgação

Cirurgias nas capitais

Onze das 27 capitais fizeram transplantes de coração. Elas representam 87,3% de todas as cirurgias do tipo. O Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, fez a primeira cirurgia do tipo e atualmente ainda é o centro que mais faz o procedimento.

"São cidades que têm hospitais com estrutura para fazer transplante e, provavelmente, captação de órgãos e também doadores. O ideal seria ter um Incor em cada região do país" - Roberto Kalil

Localização dos transplantes de coração no Brasil — Foto: Alexandre Mauro/G1

Localização dos transplantes de coração no Brasil — Foto: Alexandre Mauro/G1

Entre as 27 capitais, São Paulo é a cidade que mais faz transplantes: 31% de todos os realizados no ano passado. Foram 118, sendo 69 no Incor. As regiões Sudeste e Sul fazem a maioria das cirurgias. O Norte não fez nenhuma.

"É agravante, mas nem tanto. A população do Norte é muito pequena e espalhada. Boa parte deles tem parentes no Sul e Sudeste, e acaba vindo se tratar. E isso não acontece só com transplante, acontece com câncer também, por exemplo", disse Paulo Pêgo.

Fábio Jatene, vice-presidente do Conselho Diretor do Incor, é o médico que mais fez transplantes de coração no ano passado - foram 57. Ele acredita que, mesmo com essa centralização do serviço, a maior questão ainda é ter mais doadores.


leeh406: uau parabéns ❤️
Respondido por juliaaguiarvalentim
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O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico de reposição de um órgão (como coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim) ou tecido (medula óssea, ossos e córneas) de uma pessoa doente por outro órgão ou tecido normal de um doador, que pode estar vivo ou morto.

Um indivíduo vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão ou ainda parte da medula óssea. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Aqueles que não são parentes só podem fazer a doação com autorização judicial.

Já no caso de órgãos de pessoas mortas, são dois os tipos de doadores: o primeiro é o doador falecido após morte cerebral, constatada segundo critérios definidos pela legislação e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória. Neste caso, ele pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

O segundo tipo é o doador que teve parada cardiorrespiratória, cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios, ou seja, o coração parou de bater. Este doador pode doar apenas tecidos para transplante: córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Em ambos os casos, a morte encefálica precisa ser confirmada.

Conforme define o Ministério da Saúde, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções encefálicas, definida pela parada das funções corticais e de tronco cerebral. A Lei 9.434 estabelece que doação de órgãos após a morte pode ser feita somente quando a morte encefálica for constatada.

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