o que vladimir herzog fez quando vivo?
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Resposta:
Vladimir Herzog, o Vlado, foi jornalista, professor e cineasta brasileiro.
Explicação:
Vladimir Herzog. Nasceu em 27 de junho de 1937 na cidade de Osijsk, na Croácia (na época, parte da Iugoslávia), morou na Itália e emigrou para o Brasil com os pais em 1942. Foi criado em São Paulo e naturalizou-se brasileiro. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e iniciou a carreira de jornalista em 1959, no jornal O Estado de S. Paulo. Nessa época, achou que seu nome de batismo, Vlado, não soava bem no Brasil e decidiu passar a assinar como Vladimir. No início da década de 1960, casou-se com Clarice Herzog.
Vladimir começou a trabalhar com televisão em 1963. Dois anos depois, foi contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC e mudou-se para Londres. Lá nasceram seus dois filhos, Ivo e André. Em 1968, retornou ao Brasil. Trabalhou na revista Visão por cinco anos e foi professor de telejornalismo na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes da USP. Em 1975, Vladimir Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura.
Em 24 de outubro do mesmo ano, foi chamado para prestar esclarecimentos na sede do DOI-Codi sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sofreu torturas e, no dia seguinte, foi morto. A versão oficial da época, apresentada pelos militares, foi a de que Vladimir Herzog teria se enforcado com um cinto, e divulgaram a foto do suposto enforcamento. Testemunhos de jornalistas presos no local apontaram que ele foi assassinado sob tortura. Além disso, em 1978, o legista Harry Shibata confirmou ter assinado o laudo necroscópico sem examinar ou sequer ver o corpo.
Em 1978 a Justiça brasileira condenou a União pela prisão ilegal, tortura e morte de Vladimir Herzog. Em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu oficialmente que ele foi assassinado e concedeu uma indenização à sua família, que não a aceitou, por julgar que o Estado brasileiro não deveria encerrar o caso dessa forma. Eles queriam que as investigações continuassem. O atestado de óbito, porém, só foi retificado mais de 15 anos depois. O documento foi entregue pelo estado para a família em março de 2013: no lugar da anotação de que Vladimir morreu devido a uma asfixia mecânica (enforcamento), no documento passou a constar que “a morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do II Exército – SP (DOI-Codi)”.
Resposta:
segue vida dele
Explicação:
Reconhecido mundialmente como um jornalista brasileiro que virou símbolo da luta contra a ditadura militar e a favor da democracia, Vladimir Herzog nasceu, na verdade, em Osijek (ex-Iugoslávia, atual Croácia), em 27/10/1937. Vlado morou em Banja Luka, onde seus pais tinham um comércio, até agosto de 1941 – quando o exército nazista ocupou a cidade, a família partiu para a Itália.
No novo país, os Herzog moraram em três cidades entre 41 e 44: Fonzaso, Fermo e Magliano di Tenna. Nesta última ficaram até a chegada dos aliados em meados de 1944. Seguiram então para um campo de refugiados em Bari, onde permaneceram por mais dois anos. No fim de 1946, Vlado e a família abandonam a Europa e seguem rumo ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 24 de dezembro.
Por aqui, a família migrou para São Paulo onde Vlado passou boa parte do final da infância e juventude. Se formou no Curso Clássico do Colégio Estadual de São Paulo, participou de grupos de teatro amadores e ingressou na Faculdade de Filosofia na Universidade de São Paulo – onde conheceria Clarice Ribeiro Chaves, sua futura esposa.
Sua carreira como jornalista começou em 1959, como repórter em O Estado de S. Paulo. Ali, cobriu a inauguração de Brasília, a visita de Jean-Paul Sartre ao Brasil e a posse de Jânio Quadros. Em 62, foi à Argentina cobrir o Festival de Mar del Plata. Entusiasmado, na volta iniciou a carreira no jornalismo cultural, em especial à crítica de cinema.
Apaixonado pela sétima arte, Vlado também se dedicou à produção cinematográfica, produzindo o documentário em curta-metragem Marimbás e colaborando em outras duas obras – Subterrâneos do futebol (Maurice Capovilla) e Viramundo (Geraldo Sarno).
Como jornalista e comunicador, passou pela TV Excelsior, Rádio BBC de Londres (o que o levou a morar na Europa e revisitar as cidades de seu passado), revista Visão, agência de publicidade J. Walter Thompson, TV Universitária da UFPE, jornal Opinião e professor de jornalismo da FAAP e da ECA-USP.
Pela TV Cultura, teve duas passagens: em 1973, a convite do amigo Fernando Pacheco Jordão, para coordenar a redação do jornal Hora da Notícia (que deixa em 74), e quando assumiu a Direção de Jornalismo em setembro de 75, um mês antes de ser assassinado nos porões do DOI-CODI pela ditadura militar.
Vlado compareceu espontaneamente à sede do DOI-CODI, na Vila Mariana, em São Paulo, para depor. No dia anterior, uma sexta-feira, militares haviam procurado Vlado na emissora. O próprio jornalista combinou que estaria disponível na manhã de 25 de outubro para o interrogatório. Ali, foi assassinado. Além da tortura e violência, forjaram uma falsa versão de suicídio.
A farsa não se sustentou e levou uma multidão de mais de 8 mil pessoas à Catedral da Sé e todo o entorno para a missa de 7º dia do jornalista. O ato ecumênico que se viu ali, com D. Paulo Evaristo Arns, o Rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Nelson Wright, foi um marco na luta pela Democracia e na derrocada do regime ditatorial.
Desde 2009, o Instituto Vladimir Herzog, criado pela a família e amigos de Vlado, celebra a vida e trajetória do jornalista e honra a Democracia, Direitos Humanos e Liberdade de Expressão – os valores que ele tanto defendia. Contar a história de Vlado é também uma forma de lutar, resistir e contribuir para uma sociedade mais justa e democrática.