o que significa a palavra simulacro de arte
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Ser ou não ser, eis a questão. A proposta de Hamlet remete-nos ao diálogo sobre o SOFISTA, em Platão, cuja questão central é tentar uma definição sobre sua arte – a arte do simulacro, ou mimética do ilusionismo. Até que ponto é possível unir ou “entrelaçar o ser e o não-ser na distinção da coisa ou “objeto” e suas imagens, o original e a cópia, o modelo e o simulacro?
A fim de filtrar a verdade do erro, o projeto da divisão é o método proposto, empregado para encurralar o sofista, o justo pretendente à verdade. Partindo de exemplos simples, busca a pesca como primeiro conceito do que é arte, definindo-a como arte de aquisição e arte da captura, referindo-se a esta como ardilosa, já que se utiliza de subterfúgios como arpão, anzol para capturar a sua caça. A metáfora da pesca, portanto, é o mais significativo conceito atribuído ao sofista, por agir como um pescador na captura de sua presa – espíritos inadvertidos que se deixam fisgar por discursos insinuosos, em outras palavras, simulacros de verdade. O sofista seria, assim, um produtor de imagens, habilidade desenvolvida na arte do simulacro.
É importante considerar, inferindo-se do método da divisão exemplificado na pesca e em todo o desenvolvimento do diálogo, que a dialética platônica não é a dialética da contradição, como é o pressuposto hegeliano, mas, a dialética da competitividade, da rivalidade, cujo objetivo é a seleção da linhagem, uma forma de hierarquização estabelecida para aproximação do que é original e do que é cópia, ou seja, as pretensões são julgadas criteriosamente pela moralidade de intenções, em virtude do que Platão considera semelhança (ou essência), a fim de distinguir o verdadeiro do falso pretendente.
Esta dialética permeia a teoria de Platão, cuja base reside na existência do mundo das idéias, mundo inteligível (da essência) e o mundo fenomênico, dos objetos físicos, mundo dos sentidos, sensível (das aparências). Não é uma dualidade que se contrapõe, mas partes constitutivas de uma mesma realidade, ou melhor, o mundo das aparências seria a “materialização” do mundo das idéias, das formas primitivas, dos modelos, da originalidade. Em outras palavras, tudo o que é fenomênico, sensível, aparente, com realidade projetada no plano material, seria uma imitação do que já existe, antes, no mundo inteligível, o das essências. Portanto, os objetos físicos aparecem como cópias imperfeitas dos arquétipos ideais, incorpóreos, cujos modelos seriam as idéias eternas. Estabelece-se, aí, nesta primeira divisão, a distinção do que é original e do que é cópia.
Daí, conceituar a arte como mimética – imitação -, já que tem como proposta a representação de mundo das essências nas formas das aparências, respectivamente de seres e não-seres, subdivididas em mimética da cópia e mimética do simulacro. A primeira – a arte de copiar tem na cópia, por meio do processo seletivo de hierarquização da linhagem, a candidatura a primeira à fidelidade e autenticidade em relação ao original. A segunda – a arte de simular a cópia ou simulacro -, estaria, em relação a imitação, em um nível de distanciamento maior do que a imitação, ou seja, as imagens produzidas seriam cópia da cópia e, portanto, uma pretensão à arte da qual o sofista se faz porta voz. Assim, temos novamente a competição, a pretensão à legitimidade enquanto obra de arte, segundo maior ou menor autenticidade em relação ao modelo original.
Para analisar a questão, reportemo-nos ao conceito platônico de Imagem, como o segundo objeto, copiado do verdadeiro, do modelo. A imagem é dividida em duas formas:
1. A cópia bem fundamentada, possuidora, em segundo lugar, de semelhança, entendendo-se semelhança como a essência interior – a idéia, a “alma” do objeto, o que levou Platão a chamar de cópia-ícone.
2. O simulacro: a imagem destituída de semelhança (de essência), simulação da cópia, construída a partir da dessemelhança, uma espécie de imagem “esfumaçada” da segunda cópia, também chamada de cópia-fantasma.
A fim de filtrar a verdade do erro, o projeto da divisão é o método proposto, empregado para encurralar o sofista, o justo pretendente à verdade. Partindo de exemplos simples, busca a pesca como primeiro conceito do que é arte, definindo-a como arte de aquisição e arte da captura, referindo-se a esta como ardilosa, já que se utiliza de subterfúgios como arpão, anzol para capturar a sua caça. A metáfora da pesca, portanto, é o mais significativo conceito atribuído ao sofista, por agir como um pescador na captura de sua presa – espíritos inadvertidos que se deixam fisgar por discursos insinuosos, em outras palavras, simulacros de verdade. O sofista seria, assim, um produtor de imagens, habilidade desenvolvida na arte do simulacro.
É importante considerar, inferindo-se do método da divisão exemplificado na pesca e em todo o desenvolvimento do diálogo, que a dialética platônica não é a dialética da contradição, como é o pressuposto hegeliano, mas, a dialética da competitividade, da rivalidade, cujo objetivo é a seleção da linhagem, uma forma de hierarquização estabelecida para aproximação do que é original e do que é cópia, ou seja, as pretensões são julgadas criteriosamente pela moralidade de intenções, em virtude do que Platão considera semelhança (ou essência), a fim de distinguir o verdadeiro do falso pretendente.
Esta dialética permeia a teoria de Platão, cuja base reside na existência do mundo das idéias, mundo inteligível (da essência) e o mundo fenomênico, dos objetos físicos, mundo dos sentidos, sensível (das aparências). Não é uma dualidade que se contrapõe, mas partes constitutivas de uma mesma realidade, ou melhor, o mundo das aparências seria a “materialização” do mundo das idéias, das formas primitivas, dos modelos, da originalidade. Em outras palavras, tudo o que é fenomênico, sensível, aparente, com realidade projetada no plano material, seria uma imitação do que já existe, antes, no mundo inteligível, o das essências. Portanto, os objetos físicos aparecem como cópias imperfeitas dos arquétipos ideais, incorpóreos, cujos modelos seriam as idéias eternas. Estabelece-se, aí, nesta primeira divisão, a distinção do que é original e do que é cópia.
Daí, conceituar a arte como mimética – imitação -, já que tem como proposta a representação de mundo das essências nas formas das aparências, respectivamente de seres e não-seres, subdivididas em mimética da cópia e mimética do simulacro. A primeira – a arte de copiar tem na cópia, por meio do processo seletivo de hierarquização da linhagem, a candidatura a primeira à fidelidade e autenticidade em relação ao original. A segunda – a arte de simular a cópia ou simulacro -, estaria, em relação a imitação, em um nível de distanciamento maior do que a imitação, ou seja, as imagens produzidas seriam cópia da cópia e, portanto, uma pretensão à arte da qual o sofista se faz porta voz. Assim, temos novamente a competição, a pretensão à legitimidade enquanto obra de arte, segundo maior ou menor autenticidade em relação ao modelo original.
Para analisar a questão, reportemo-nos ao conceito platônico de Imagem, como o segundo objeto, copiado do verdadeiro, do modelo. A imagem é dividida em duas formas:
1. A cópia bem fundamentada, possuidora, em segundo lugar, de semelhança, entendendo-se semelhança como a essência interior – a idéia, a “alma” do objeto, o que levou Platão a chamar de cópia-ícone.
2. O simulacro: a imagem destituída de semelhança (de essência), simulação da cópia, construída a partir da dessemelhança, uma espécie de imagem “esfumaçada” da segunda cópia, também chamada de cópia-fantasma.
angry1:
não vai renponde
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