O que ocasionou a guerra entre os pequenos reinos africanos ?
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Faraós governaram o Antigo Egipto ao longo de três milênios (c. 3150 a.C. a 31 a.C.) até à altura em que o Egipto foi anexado ao Império Romano. No mesmo período, vários reinos floresceram na região vizinha, Núbia. O Corno de África, desde o Império Aksumite (Séculos IV a.C. - I a.C.) e, posteriormente, o Império Etíope (1270-1974) foi governado por uma série de monarcas. Haile Selassie, o último imperador da Etiópia, foi deposto num golpe de Estado. O Império Kanem (700-1376) estava na África Central. Reinos como o Reino do Congo (1400-1914) existiam no sul da África.
Relações de poder
Nas aristocracias africanas, o poder real nunca surgia sozinho. Para a sua edificação era imprescindível o apoio de aliados; e graças à sua função de "braço direito" do rei, tais aliados gozavam de muitos privilégios, entre os quais o exercício do poder político. Em muitos reinos podemos constatar que o soberano assumia um caráter divino dentro da sociedade, tornando-se uma espécie de semideus. Essa divinização acabava isolando o rei dos demais aristocratas e consequentemente do poder, sendo muitas vezes sujeitado às decisões do conselho aristocrático, e se vendo na necessidade de competir com os aristocratas e com sua corte o poder real. Outro elemento que enfraquecia politicamente a figura do rei era a poligamia. A sua enorme quantidade de filhos criava um sério problema quando se ia discutir a sucessão real. A briga interna - dentre os possíveis sucessores- pelo poder tornava a figura do rei mais vulnerável, já que esse poderia a qualquer momento ser substituído por um dos seus familiares ou até mesmo por inimigos seus.
Em meio à disputa pelo poder, o escravo aparecia como um importante aliado do rei, graças à sua condição de estranho, de não parente. Sendo assim, o escravo se transformava no homem de confiança do rei, uma espécie de barreira protetora contra as famílias nobres rivais. O eunuco aparece como o melhor exemplo: assumindo cargos importantes no reino, esse "tipo de escravo" se torna um importante elemento de distanciamento do rei tanto para com seus rivais como para seus parentes. Havia uma expectativa de lealdade para com os escravos por parte do rei, que acabavam ficando extremamente próximos deste, assumindo muitos cargos. No entanto, mesmo os escravos de corte gozando de uma situação melhor que os demais, nunca deixaram seu lado de escravo. A escravidão persistia sob o reino dos escravos.
Conseguimos observar que mesmo antes da chegada dos europeus no continente africano, a escravidão já tinha certa importância econômica. Além de assumirem as mais diversas atividades, o escravo tinha outra importância que consistia na forma pela qual era obtido e reabastecido. Como já foi dito, muitos Estados africanos viam a guerra como a principal forma de sua subsistência. Em muitas regiões da África essa guerra era premeditada, o que nos mostra que havia toda uma preparação por parte desses reinos, onde muitos possuíam exércitos permanentes para tal atividade. E para podermos compreender melhor como era a escravidão na África e como esta irá se perpetuar para o Novo Mundo, é muito importante sabermos como funcionava sua forma de abastecimento.
Havia guerras que procuravam principalmente os escravos, e outras com fins administrativos (assim como as guerras políticas). As razias, praticadas em toda a África, exigiam tropas pequenas e um armamento relativamente sumário se comparada às guerras. Além disso, ela permitia o livre recrutamento dos participantes que eram os donos do empreendimento, o que acabou ajudando na construção de uma classe guerreira independente do Estado. Por fim, podemos observar o fenômeno do banditismo - que com a instituição do tráfico negreiro, acabou se tornando mais presente em toda a África - praticando o rapto dos cativos por membros da própria comunidade, entre parentes e vizinhos ( o que de certa forma contrariava a escravidão na África), onde ninguém estava a salvo dos mesmos indivíduos que deveriam ser os protetores as comunidade. Esse fenômeno negava qualquer relação social: "O bando era efetivamente um modo de organização sociopolítica específico, que, quando se consolidava, ameaçava a sociedade doméstica e gentílica, não só pelas depredações que cometia, mas também em razão da incompatibilidade de suas estruturas respectiva"(Meillassoux, 1986: 218)
Os bandos não tinham chefes permanentes, No entanto, muitas vezes o bando assumia tarefas de gestação, de administração e proteção, contra o mesmo banditismo que eram oriundos. O banditismo gerou dois efeitos: ou as clãs se organizavam para resistir a ele, ou os guerreiros faziam, dele a base do seu poder.
Relações de poder
Nas aristocracias africanas, o poder real nunca surgia sozinho. Para a sua edificação era imprescindível o apoio de aliados; e graças à sua função de "braço direito" do rei, tais aliados gozavam de muitos privilégios, entre os quais o exercício do poder político. Em muitos reinos podemos constatar que o soberano assumia um caráter divino dentro da sociedade, tornando-se uma espécie de semideus. Essa divinização acabava isolando o rei dos demais aristocratas e consequentemente do poder, sendo muitas vezes sujeitado às decisões do conselho aristocrático, e se vendo na necessidade de competir com os aristocratas e com sua corte o poder real. Outro elemento que enfraquecia politicamente a figura do rei era a poligamia. A sua enorme quantidade de filhos criava um sério problema quando se ia discutir a sucessão real. A briga interna - dentre os possíveis sucessores- pelo poder tornava a figura do rei mais vulnerável, já que esse poderia a qualquer momento ser substituído por um dos seus familiares ou até mesmo por inimigos seus.
Em meio à disputa pelo poder, o escravo aparecia como um importante aliado do rei, graças à sua condição de estranho, de não parente. Sendo assim, o escravo se transformava no homem de confiança do rei, uma espécie de barreira protetora contra as famílias nobres rivais. O eunuco aparece como o melhor exemplo: assumindo cargos importantes no reino, esse "tipo de escravo" se torna um importante elemento de distanciamento do rei tanto para com seus rivais como para seus parentes. Havia uma expectativa de lealdade para com os escravos por parte do rei, que acabavam ficando extremamente próximos deste, assumindo muitos cargos. No entanto, mesmo os escravos de corte gozando de uma situação melhor que os demais, nunca deixaram seu lado de escravo. A escravidão persistia sob o reino dos escravos.
Conseguimos observar que mesmo antes da chegada dos europeus no continente africano, a escravidão já tinha certa importância econômica. Além de assumirem as mais diversas atividades, o escravo tinha outra importância que consistia na forma pela qual era obtido e reabastecido. Como já foi dito, muitos Estados africanos viam a guerra como a principal forma de sua subsistência. Em muitas regiões da África essa guerra era premeditada, o que nos mostra que havia toda uma preparação por parte desses reinos, onde muitos possuíam exércitos permanentes para tal atividade. E para podermos compreender melhor como era a escravidão na África e como esta irá se perpetuar para o Novo Mundo, é muito importante sabermos como funcionava sua forma de abastecimento.
Havia guerras que procuravam principalmente os escravos, e outras com fins administrativos (assim como as guerras políticas). As razias, praticadas em toda a África, exigiam tropas pequenas e um armamento relativamente sumário se comparada às guerras. Além disso, ela permitia o livre recrutamento dos participantes que eram os donos do empreendimento, o que acabou ajudando na construção de uma classe guerreira independente do Estado. Por fim, podemos observar o fenômeno do banditismo - que com a instituição do tráfico negreiro, acabou se tornando mais presente em toda a África - praticando o rapto dos cativos por membros da própria comunidade, entre parentes e vizinhos ( o que de certa forma contrariava a escravidão na África), onde ninguém estava a salvo dos mesmos indivíduos que deveriam ser os protetores as comunidade. Esse fenômeno negava qualquer relação social: "O bando era efetivamente um modo de organização sociopolítica específico, que, quando se consolidava, ameaçava a sociedade doméstica e gentílica, não só pelas depredações que cometia, mas também em razão da incompatibilidade de suas estruturas respectiva"(Meillassoux, 1986: 218)
Os bandos não tinham chefes permanentes, No entanto, muitas vezes o bando assumia tarefas de gestação, de administração e proteção, contra o mesmo banditismo que eram oriundos. O banditismo gerou dois efeitos: ou as clãs se organizavam para resistir a ele, ou os guerreiros faziam, dele a base do seu poder.
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Houve um aumento populacional decorrente da melhoria das técnicas agrícolas e da incorporação pelos africanos de plantas americanas, como milho e a mandioca , Dai esse aumento de Populacional gerou a busca por terras férteis o que acabou ocasionando a guerra
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