o que o filósofo Aristóteles pensa sobre a escravidão você concorda com a ideia de Aristóteles? escreva um texto e justifique sua resposta.。◕‿◕。
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Resposta:Resposta: Para Aristóteles, a condição de senhor ou de escravo estava determinada pelo próprio nascimento, ou seja, era uma condição do próprio ser. ... Aqueles que diferiam dos outros tanto como o corpo da alma ou o animal do homem, eram escravos por natureza, e para eles era melhor obedecer.
Explicação:
Resposta:
Para Aristóteles, a condição de senhor ou de escravo estava determinada pelo próprio nascimento, ou seja, era uma condição do próprio ser. Para demonstrar seu ponto de vista recorreu à analogia alma-corpo, e afirmou que a alma exercia sobre o corpo um império despótico. Para ele era manifesto e conveniente, conforme a natureza, que o corpo devia ser regido pela alma. Afirmou algo similar sobre a relação macho-fêmea: o primeiro era superior e a segunda inferior e, por natureza, o macho devia reger sobre a fêmea. Esse mesmo tipo de relação devia acontecer, necessariamente, entre todos os homens. Aqueles que diferiam dos outros tanto como o corpo da alma ou o animal do homem, eram escravos por natureza, e para eles era melhor obedecer. Assim, todos aqueles cuja utilidade estava no uso do corpo, e isso era o melhor com que podiam contribuir, estavam destinados pela natureza para ser escravos. Para eles era melhor serem regidos pelo senhor da mesma maneira que era melhor para o corpo ser regido pela alma ou ao animal ser regido pelo homem. Estes homens naturalmente escravos se diferenciavam dos animais pelo fato de que eles participavam da razão na medida suficiente para reconhecê-la, mas sem possuí-la, enquanto que os animais não se davam conta da razão, mas unicamente obedeciam a seus instintos.
Do ponto de vista da utilidade, o escravo e o animal doméstico diferiam muito pouco, visto que ambos subministravam o necessário para o corpo. Os escravos e os livres diferiam em que tinham corpos diferentes: os escravos eram fortes para poder realizar os trabalhos servis; os livres, erguidos e inúteis para os trabalhos servis, mas úteis para a vida política em suas duas modalidades: a guerreira e a pacífica.
Além da escravidão natural Aristóteles afirmava que existia também um outro tipo de escravidão: a dos que perderam uma guerra. O fundamento para isso estava numa lei, que era também uma convenção, segundo a qual o colhido numa guerra pertence os vencedores. Segundo Aristóteles, este último tipo de escravidão não contradizia a escravidão natural, porque aqueles que eram superiores em virtude, também eram superiores em força, ou seja, sem virtude não havia força. Assim, não existia o perigo de que, por essa via, os superiores em virtude viessem a serem escravos dos inferiores, pois os inferiores em virtude nunca poderiam ganhar uma guerra dos superiores, pois estes estavam destinados pela natureza, desde o momento do nascimento, a reger e dominar.
O Estagirita reconhecia que havia um forte argumento contra a escravidão por guerra: podia acontecer que a guerra não fosse justa, nesse caso, podia ser feito escravo alguém que não merecia sê-lo. Respondia que esse perigo não existia, pois toda guerra contra os bárbaros era justa. Por isso os gregos não podiam chamar-se a si mesmos escravos, mas só aos bárbaros, e com isso não pretendiam falar de outra coisa, a não ser da escravidão por natureza. Assim, era forçoso reconhecer que os bárbaros eram escravos em qualquer lugar e gregos em nenhum. Os bárbaros eram sempre escravos e os gregos nunca.
No entanto, esse pensamento é errôneo e já ultrapassado, tendo em vista que atualmente a sociedade através de tratados de direitos humanos proíbe a escravidão, além disso, no Brasil por exemplo um dos fundamentos da República é a dignidade da pessoa humana (art. 1°, inciso III da Constituição Federal de 1988) desse modo, a escravidão em nenhum aspecto é justificável.
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