[...] o que impressiona às vésperas desse Primeiro de Maio é o contraste entre a pobreza das instruções precisas e a grandeza das evocações. Trata-se de mostrar a força do proletariado pela simultaneidade da manifestação, de dar à classe operária uma autoconsciência por meio da realização de gestos idênticos em um vasto espaço – os "dois Mundos" [Europa e América] – e impressionar a opinião pública com tal espetáculo. É preciso elevar "uma população operária adotando o hábito de agir simultânea e energicamente", de mobilizar "a força imponente, imperiosa, irresistível desse povo de trabalhadores erguendo-se unanimemente frente aos seus senhores para reclamar numa imensa e única voz seus direitos à vida, ao bem-estar e aos benefícios da civilização".
PERROT, Michelle. Os excluídos da História: operários, mulheres e prisioneiros. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 137. (Oficinas da História). (adaptado)
O processo de preparação dos trabalhadores franceses para a primeira mobilização de Primeiro de Maio, em 1890, abordado no texto, indica um movimento operário
A desprovido de figuras de liderança consistentes.
B manifestado na homogeneização de funções e hábitos.
C divergente em relação à organização de manifestações.
D motivado pela busca por articulação de ideais comuns.
E preocupado com o desenvolvimento de um movimento
nacional.
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Letra d.
Nota-se, por intermédio da leitura do texto, uma evidente articulação entre os trabalhadores, que buscam, por intermédio de ideais transmitidos por uma liderança, exercer ações que de fato possam ser definidas como revolucionárias.
Isso porque os ideais que buscam são certamente comuns, visando assim a existência de um mundo bem como de meio de trabalho que seja mais justo, honesto, além de adequado.
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