o que foi o tratado de Latrão, assinado por Benito Mussolini?
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O “Tratado de São João de Latrão”, ou simplesmente conhecido como “Tratado de Latrão”, foi um acordo assinado entre a Itália e a Santa Sé. O tratado criou um novo Estado, o Vaticano, o qual tem o Papa como chefe soberano. O Vaticano foi reconhecido em 11 de fevereiro de 1929, após o ditador Mussolini e o cardeal Pietro Gasparri acordarem e assinarem o tratado. Na Idade Média, a Igreja Católica era referência de poder maior. Em 756, os cristãos receberam um grande território no centro da Itália dado por Pepino, o rei dos francos. Surgindo assim os Estados Papais, os quais, eram estados independentes sob a autoridade dos Papas, e cuja capital era Roma. O poder dos católicos vigorou até 1870.
No final do XIX, as tropas do Rei Vitor Emanuel II – rei da Sardenha – invadiram Roma e dominaram uma parte do território que pertencia à Igreja. O monarca ficou conhecido como o primeiro rei da Itália unificada. Em uma tentativa falha, o rei tentou restauras as relações amigáveis com o Papa Pio XI, líder do Vaticano na época. Mas o chefe religioso não aceitou, o que iniciou uma disputa territorial entre o papado e o governo italiano que durou décadas.
Após um período, a Itália transcendeu da monarquia a republica. O impasse entre a Igreja e o governo italiano restaurou-se somente quando o ditador Benito Mussolini resolveu dialogar com os poderes da Igreja Católica para chegarem a uma conclusão benéfica aos dois lados.
O Tratado de Latrão deu completa autonomia ao Vaticano e o poder de chefe de Estado ao Papa. O líder religioso cedeu parte do território de Roma que pertencia à Igreja e recebeu uma alta indenização pelo mesmo. Além de todas as vantagens, o Catolicismo foi reconhecido como a religião oficial da Itália.
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