História, perguntado por Giovana13, 1 ano atrás

o que foi a dupla rentabilidade dos escravos?

Soluções para a tarefa

Respondido por acplcruz
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Olá, Giovana.

 

Existiam dois tipos de conseguir dinheiro com escravo naquela época: usando os escravos ou os vendendo para outros senhores. O problema é que quanto mais dinheiro conseguiam, mais escravos compravam (para usar a seu favor ou vendê-los novamente).

 

Espero ter ajudado.

Respondido por alexfilipe07
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A escravidão foi uma forma de trabalho forçado em que alguns membros da sociedade detinham direito de propriedade sobre outras pessoas. Na história da humanidade existiram dois tipos de escravidão. O primeiro tipo foi a denominada “clássica”, que ocorreu no período da Antiguidade – Grécia, Roma, Egito, China, Mesopotâmia, Índia etc. –, diferente da escravidão “moderna” ou “colonial”, que vigorou após 1492 na América espanhola e 1500 na América portuguesa. A primeira era geralmente uma forma de trabalho compulsório (obrigatório) que produzia ou para o mercado, ou para uma economia de subsistência, ou para mercados muito limitados, ao passo que a segunda era uma instituição intimamente associada ao desenvolvimento do mercantilismo (teoria econômica comercial que visava a ganhos e lucros) e do capitalismo. Praticamente existindo em quase toda a América, a escravidão tornou-se a forma predominante de organização do trabalho somente naquelas áreas onde os europeus encontraram a conjugação de duas condições: a possibilidade de produzir metais preciosos (ouro e prata, por exemplo) ou produtos agrícolas de exportação para o mercado europeu (por exemplo, açúcar e tabaco) e a falta de uma população aborígine que pudesse ser introduzida ou obrigada a fornecer trabalho barato adequado por outros meios que não a escravidão. A escravidão chegou ao Brasil junto com a produção da cana-de-açúcar. O primeiro modelo escravista aqui implantado foi o do nativo (índio), que durou de 1500 até aproximadamente 1570. As pressões religiosas e a suscetibilidade dos indígenas às doenças trazidas pelos europeus concorreram para que ao final do século XVI fossem introduzidos os escravos africanos. A escravidão negra sucedeu à indígena. Nos lugares onde não houve condições para a implantação do trabalho negro, prevaleceu a escravidão do índio. No final dos quinhentos, a produção açucareira alcançou importante lugar na alimentação europeia e a sua produção precisava, cada vez mais, de mão de obra escrava para o seu cultivo. Essa mão de obra era buscada no continente africano, contribuindo assim com a rentabilidade do tráfico de escravos pelo oceano Atlântico. Durante mais de 300 anos em que esse sistema vigorou, alguns milhões de negros africanos amontoados nos desumanos navios negreiros e outros tantos milhares que morriam antes de alcançar a costa brasileira ou logo que aqui desembarcassem eram comprados em grandes feiras públicas ou em galpões como “simples mercadorias”. Portanto, são os motivos econômicos que explicam a implantação da escravidão negra. Como lembra o historiador Eric William, a escravidão “não nasceu do racismo: ao contrário, o racismo foi uma consequência da escravidão”. O trabalho na América era negro, branco, moreno e amarelo, assim como católico, protestante e pagão.

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