O que falar da América latina no pós guerra?
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O Desastre da América Latina no Pós-Guerra.A avaliação de políticas de crescimento econômico é sempre um exercício complicado. Além de exigir horizontes de tempo longos exige uma série de outros cuidados que torna o trabalho do avaliador quase impossível. Suponha que no início da década de 1950 um determinado país tenha implementado uma determinada política de crescimento e que após 60 anos este país continue pobre. É possível afirmar que a política falhou? Não.
Primeiro o avaliador teria de saber se a política foi interrompida. Depois é preciso saber se outras políticas foram utilizadas no país ou se algumas características do país fizeram com que a política não funcionasse. Existem várias técnicas econométricas para tratar destas questões, nenhuma é a prova de erros. Resta então a quem queira avaliar políticas de crescimento buscar o maior número possível de países na esperança de que se vários países adotaram políticas semelhantes com resultados semelhantes então o resultado é devido à política. Claro que este tipo abordagem não oferece respostas definitivas, é sempre possível que todos os países tenham sofrido efeitos não relacionados com a política e que estes efeitos sejam responsáveis pelo resultado observado. Entretanto se um número grande de países adotou determinadas política e todos tiveram resultados semelhantes no mínimo é de se esperar que os defensores da política expliquem o que acontece antes de sair pedindo a reedição desta política.
A América Latina oferece um exemplo interessante. Na segunda metade do século XX praticamente todos os países da América Latina adotaram políticas de estimular a produção industrial local como forma de estimular o crescimento. A tese de que este estímulo era a chave do crescimento estava fundada em estudos da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL). Grosso modo a ideia da CEPAL era que os preços das matérias primas (agrícolas e minerais) tendiam a cair em relação ao preço dos bens industrializados. Desta forma um produtor de soja teria de dar cada vez mais sacas de soja para obter um automóvel ou uma televisão. A conclusão imediata era que um país que só produza matérias primas tenderia a ficar cada vez mais pobre em relação a um país que produza bens industrializados.
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Primeiro o avaliador teria de saber se a política foi interrompida. Depois é preciso saber se outras políticas foram utilizadas no país ou se algumas características do país fizeram com que a política não funcionasse. Existem várias técnicas econométricas para tratar destas questões, nenhuma é a prova de erros. Resta então a quem queira avaliar políticas de crescimento buscar o maior número possível de países na esperança de que se vários países adotaram políticas semelhantes com resultados semelhantes então o resultado é devido à política. Claro que este tipo abordagem não oferece respostas definitivas, é sempre possível que todos os países tenham sofrido efeitos não relacionados com a política e que estes efeitos sejam responsáveis pelo resultado observado. Entretanto se um número grande de países adotou determinadas política e todos tiveram resultados semelhantes no mínimo é de se esperar que os defensores da política expliquem o que acontece antes de sair pedindo a reedição desta política.
A América Latina oferece um exemplo interessante. Na segunda metade do século XX praticamente todos os países da América Latina adotaram políticas de estimular a produção industrial local como forma de estimular o crescimento. A tese de que este estímulo era a chave do crescimento estava fundada em estudos da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL). Grosso modo a ideia da CEPAL era que os preços das matérias primas (agrícolas e minerais) tendiam a cair em relação ao preço dos bens industrializados. Desta forma um produtor de soja teria de dar cada vez mais sacas de soja para obter um automóvel ou uma televisão. A conclusão imediata era que um país que só produza matérias primas tenderia a ficar cada vez mais pobre em relação a um país que produza bens industrializados.
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