o que era os jogos olinpicos da antiguidade? e qual sua finalidade?
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Resposta:
Os Jogos Olímpicos na Antiguidade eram como um festival religioso e atlético da Grécia Antiga, que era realizado de quatro em quatro anos no santuário de Olímpia, já sua finalidade era meio que uma “trégua sagrada” que por meio das competições eram capazes de interromper as guerras entre as cidades.
Explicação:
Resposta:
Os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram um festival religioso e atlético da Grécia Antiga, que se realizava de quatro em quatro anos no santuário de Olímpia, em honra de Zeus. A data tradicional atribuída à primeira edição dos Jogos Olímpicos é 776 a.C..[1][2][3]
Os Jogos Olímpicos eram os mais importantes Jogos Pan-Helênicos, tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393, por serem uma manifestação de rituais do paganismo. Uma importante fonte sobre os jogos é Pausânias (século II d.C.), autor do livro Descrição da Grécia, um guia da Grécia baseado nas suas viagens pelo território. Outra importante fonte é um tratado sobre a ginástica de Filóstrato de Lemnos (século II-III d.C.).
A escultura e a cerâmica gregas representaram não só os atletas como a própria prática desportiva. No que diz respeito à escultura, que tinha no bronze e no mármore os materiais prediletos, muitos trabalhos sobreviveram apenas como cópias da era romana. De algumas estátuas ficou apenas a base, onde se encontram gravadas inscrições relativas ao atleta, fornecedoras de informação. Por último, as moedas cunhadas em determinadas pólis retratam determinada modalidade esportiva na qual a cidade se destacou.
Origens
Representação artística da Olímpia antiga
Segundo os estudiosos da antiguidade de Élis, da época de Pausânias, o templo de Olímpia foi feito pelos homens da região na época em que Cronos era o rei dos titãs, a chamada Idade de Ouro.[4] Quando Reia deixou Zeus aos cuidados dos dáctilos, ou curetes, de Ida,[4] Héracles de Ida, o mais velho, derrotou seus irmãos numa corrida, e foi coroado com um ramo de oliveira.[5] A partir daí, os jogos passaram a ser celebrados a cada quinto ano, pois eram cinco os irmãos [6](Héracles, Peoneu, Epímedes, Iáusio e Idas[4]).
Segundo algumas versões, Zeus derrotou Cronos em Olímpia, mas outras versões dizem que ele celebrou lá jogos para comemorar sua vitória.[7] O campeão de vitórias entre os deuses foi Apolo, que venceu Hermes na corrida e Ares no pugilismo; por este motivo, a flauta é tocada quando os competidores do pentatlo estão na prova de salto, pois a flauta é sagrada a Apolo.[7]
Cinquenta anos após o dilúvio de Deucalião, Clímeno, filho de Cardis, descendente de Héracles de Ida, veio de Creta para Olímpia e fundou um altar para seu ancestral Héracles e os outros curetes.[8] Clímeno foi deposto por Endimião, filho de Étlio, que deixou o reino para o seu filho que vencesse uma corrida.[8]
Os próximos a celebrarem jogos em Olímpia foram Pélope, Amitaão, filho de Creteu, os irmãos Neleu e Pélias,[9] Aúgias e Héracles, filho de Anfitrião.[10] Óxilo foi o último desta era a celebrar os jogos, que não voltaram a ser celebrados até seu descendente Ífito de Élida.[11]
Declínio
O período áureo dos Jogos Olímpicos antigos correspondeu ao século V a.C..[3] As perturbações que a Guerra do Peloponeso gerou na Grécia teriam inevitavelmente consequência sobre os jogos: Élide, que até então tinha mantido uma atitude politicamente neutra, aliou-se a Atenas durante este conflito e baniu os Espartanos do evento. Em 424 a.C., sob a ameaça de invasão de Esparta, os jogos tiveram que ser realizados sob proteção de tropas. Embora Esparta não tivesse chegado a invadir o santuário, este episódio revela que o conceito da "trégua sagrada" tinha sido esquecido.[12]
Em 365 a.C. a Arcádia, ajudada por Pisa (inimiga de Élide), conquistou o santuário; as duas cidades organizaram os jogos de 364 a.C.. Élide tentou recuperar o santuário recorrendo à força; o conflito gerado levaria à pilhagem dos templos do Áltis. Élide acabaria por retomar o controle do santuário porque se temia a fúria dos deuses, tendo as Olimpíadas de 364 a.C. sido consideradas inválidas.
Em 336 a.C., depois das cidades gregas terem sido conquistadas por Filipe II da Macedónia e pelo seu filho Alexandre Magno, foi construído no Altis o Filipéion, um edifício onde se encontravam estátuas de Alexandre e da sua família feitas de ouro e marfim, materiais que até então tinham sido reservados às estátuas dos deuses.
Em 146 a.C. a Grécia foi conquistada pelos romanos. Para financiar a sua guerra contra Mitrídates VI do Ponto, o general romano Sula saqueou o Áltis (bem como os santuários de Delfos e do Epidauro). Em 80 a.C., como forma de celebrar o sucesso da sua guerra, Sula transferiu os jogos para Roma, mas depois da sua morte em 78 a.C. os jogos regressaram a Olímpia. Durante um breve período da era romana os jogos retomaram a sua vitalidade.