História, perguntado por analaurafeltrin, 1 ano atrás

o que era a rota das cores do brasil pré-colonial?

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Respondido por raelycarvalho
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Após o descobrimento, os índios brasileiros passaram cerca de 30 anos entregando enormes quantidades de Pau-Brasil para os europeus – em especial aos portugueses, franceses e holandeses – em troca de badulaques, utensílios e outras ferramentas que vinham do Velho Continente. A partir daí surgiu a “ROTA DAS CORES”, como eram denominadas pelos europeus as viagens feitas às terras brasileiras. Nesse tempo, o Brasil era o local de repouso nas travessias da Europa para o Oriente. Nesse mesmo período, chegou ao país a cana-de-açúcar. Em território europeu o açúcar era uma especiaria de grande valor. As primeiras mudas da cana foram trazidas das Ilhas da Madeira e de São Tomé, e logo se adaptaram ao solo brasileiro. Em torno do açúcar expandiu-se o processo de colonização do Brasil com a construção dos primeiros engenhos. Em 1530 foi construído o primeiro deles em São Vicente (SP). Logo o comércio de açúcar virou uma indústria lucrativa para a colônia. Os engenhos se multiplicaram e a notícia da grande produção de cana no Brasil se espalhou pela Europa. Chegavam ao país os primeiros escravos trazidos da Guiné. Pouco tempo depois, a chamada “Carreira do Brasil” chamava cada vez mais a atenção dos europeus. Como a cana tinha pegado rapidamente no solo brasileiro, logo veio o pensamento de que as outras especiarias também poderiam ser cultivadas na nova terra. Principalmente as árvores de canela, de cravo e de pimenta, pois os climas subtropicais e tropicais se assemelhavam ao de suas terras de origem. Assim começou a história do Brasil como produtor e exportador de especiarias.
Respondido por Ildiane21
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Antes de alcançar o Brasil, os portugueses vinham há muito tempo buscando uma rota para chegarem às Índias. Essa rota era feita através da navegação de boa parte do litoral africano até que as embarcações alcançassem os mares do Oriente. Depois de várias viagens feitas durante o século XV, os portugueses conquistaram essa rota e, com isso, esperavam lucrar com os tecidos, temperos e outras mercadorias encontradas no mundo oriental.

Desse modo, ao chegarem ao Brasil, os portugueses estavam bem mais preocupados em desenvolver o comércio oriental do que se arriscar com as desconhecidas terras brasileiras. Foi de tal modo que, nas três primeiras décadas da nossa colonização, os portugueses pouco fizeram por aqui. Alguns historiadores chegam a dizer que os trinta primeiros anos de nossa colonização foram marcados por um certo “abandono”.

É importante destacar que, mesmo não tendo a mesma importância das Índias, o território brasileiro foi em diferentes momentos visitados por embarcações portuguesas que tinham a função de reconhecer melhor o nosso território e patrulhar nossas terras contra a invasão de outras nações europeias que tinham o interesse de colonizar o Brasil. Na verdade, a falta de uma presença mais marcante dos portugueses incentivou que outros povos europeus, como espanhóis e franceses, chegassem a desembarcar por aqui nesse tempo.

Não encontrando nenhuma grande riqueza mais atraente, como os metais preciosos, os portugueses se limitaram a explorar a extração do pau-brasil nessa época. Essa madeira, além de servir para construção de casas e embarcações, tinha uma tinta natural avermelhada que servia para o tingimento de tecidos. Nesse tempo, os tecidos tingidos na cor vermelha eram muito valorizados na Europa.

Para realizarem a retirada das toras de pau-brasil do nosso território, os portugueses contaram com o auxilio dos grupos indígenas que aqui viviam. Afinal de contas, os portugueses não tinham conhecimento das regiões exatas em que esse tipo de madeira poderia ser encontrado. Os indígenas, tendo maior conhecimento do território, realizavam a extração da madeira nas matas e o transporte até as regiões litorâneas. As toras de madeira eram armazenadas nas feitorias, construções que eram empregadas como marcos da presença portuguesa no Brasil.

Os indígenas que realizavam esse tipo de trabalho eram recompensados pelo sistema de “escambo”. Nesse tipo de sistema de trabalho, os indígenas recebiam mercadorias diversas em troca do pau-brasil retirado. Notamos aqui que o trabalho escravo ainda não havia sido implantado pelos portugueses. A escravidão só começou a partir da década de 1530, quando os portugueses intensificariam sua presença no Brasil. Mas afinal, por que motivo eles tiveram mais interesse no Brasil a partir desse momento?

A mudança de comportamento dos portugueses pode ser explicada por vários motivos. O primeiro deles é o fracasso do comércio desenvolvido nas Índias. A demorada viagem e a concorrência imposta por outros comerciantes diminuíram as vantagens que os portugueses esperavam ter no Oriente. Além disso, as ameaças de invasão estrangeira no Brasil e a existência de ouro em outras regiões da América também motivaram a mudança da atenção portuguesa para com nossas terras.

Foi assim que, no ano de 1530, uma expedição chefiada por Martim Afonso foi mandada com diversos objetivos. Chegando aqui, essa nova expedição portuguesa deveria expulsar os estrangeiros que aqui se encontrassem e buscar metais preciosos em nossas terras. Ao mesmo tempo, deveriam fundar os primeiros povoamentos que marcariam o início de uma colonização portuguesa mais intensa em nossas terras.

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