o que é preconceito linguístico e por que devemos combatê-lo.
Soluções para a tarefa
O preconceito linguístico é, portanto, um tipo particular de preconceito em que ocorre a discriminação de uma determinada língua ou variante linguística em relação a outra(s). Esse tipo de preconceito é geralmente pautado na ideia de que há línguas ou variações linguísticas “melhores” ou “piores” que outras. O preconceito linguístico, portanto, trata-se de qualquer tipo de depreciação ou julgamento depreciativo a respeito da língua, da variação linguística ou da fala de alguém.
Por exemplo, considerar que as línguas europeias são superiores em relação às sul-americanas ou africanas é um tipo de preconceito linguístico.
Reconhecer a crise do preconceito linguístico em que vivemos e desenvolver uma literatura que contribua com o combate a ela;
Mudar de atitude em relação à maneira como se enxerga a língua, passando a refletir sobre ela e deixando de vê-la como algo estático, valorizando-se as diferentes variações, inclusive o saber individual de cada falante, respeitando os diversos modos de se fazer uso da língua;
Rever a forma como se ensina a língua portuguesa, abandonando métodos tradicionais pautados no ensino da gramática normativa, de terminologias, nomenclaturas etc. e caminhar em direção a um sistema de ensino que promova o letramento constante e ininterrupto;
Reavaliar a noção de erro, passando a interpretar o que hoje se considera “erro de português” como um simples desvio da ortografia oficial, ou seja, diferenças ou alternativas de uso em relação à norma proposta pela gramática normativa; essa noção de erro parte, geralmente, da ideia de que a língua escrita deve servir como modelo para a língua falada, e é instituída por uma elite econômica e intelectual, que julga como “errado” tudo aquilo que desvia do instituído como “correto”;
Reconhecer a existência de conceitos como o de “adequação” e “aceitabilidade”, compreendendo que, em determinados contextos, devemos adequar a nossa fala/escrita às exigências da situação. Por exemplo, em uma palestra num congresso científico, deve-se optar por um português mais próximo ao considerado “adequado”; já em outros contextos, mais informais, como uma conversa entre amigos numa roda de bar, pode-se optar por um português mais informal, com gírias e outras marcas de informalidade; portanto, é imprescindível entender que a própria noção de “adequação” varia de lugar para lugar, de pessoa para pessoa, de contexto para contexto etc.;
Abandonar a chamada “paranoia ortográfica”, um comportamento comum entre professores de português, mas não apenas entre eles, que, ao pegarem um texto de um aluno, por exemplo, têm o impulso de procurar erros ortográficos em vez de se preocupar com o conteúdo do que foi produzido, interpretando que “saber ortografia” é o mesmo que “saber a língua” (o que não é verdade): enquanto a ortografia é artificial, sendo uma decisão política, a língua é natural e viva e, portanto, está sujeita a mudanças e variações;
Ter consciência de que todo falante nativo de um idioma possui competência sobre este e sobre a sua gramática, independe do grau de escolaridade ou da posição socioeconômica que ocupa, uma vez que todos conseguem se comunicar, construindo e interpretando frases significativas.
Resposta:
Preconceito linguístico é uma forma de discriminação social que consiste em julgar o indivíduo pela forma como ele se comunica, seja oralmente, seja por escrito.