O que é ideologia e alienação para Marx?
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Karl Marx (1818-1883) define o que é ideologia em seu livro “A Ideologia Alemã”: é um instrumento desenvolvido pela classe dominante para manter e até para justificar seus objetivos, fazendo os homens acreditarem que não são iguais por natureza e nem por condições sociais, mas são iguais perante o Estado e as leis. A ideologia pode ser considerada um instrumento de dominação utilizado pelos mais poderosos para que a exploração não seja percebida pelos dominados.
A ideologia surge no momento em que a divisão social do trabalho separa trabalho material e trabalho intelectual, provocando a desigualdade social e a exploração. Ela influencia os jogos de poder e distorcem a maneira de pensar e agir dos indivíduos na sociedade, naturalizando o que na verdade são produtos das ações humanas, que são históricos e não naturais. Como exemplo, pensar que é natural a divisão entre ricos e pobres.
A alienação, para Marx, é um processo de exteriorização de uma essência humana e do não-reconhecimento desta atividade enquanto tal, na qual o sujeito não consegue perceber a possibilidade de uma mudança. Por exemplo: no final do processo de trabalho, o produto se torna algo estranho do trabalhador que o produziu, ocasionando um estranhamento, uma diferença de natureza.
Para Marx, podemos dizer que existem quatro formas de alienação:
1) em relação ao produto do trabalho: o sujeito não se reconhece no produto do seu trabalho;
2) no processo de produção: ele não se satisfaz no seu trabalho;
3) em relação à existência do indivíduo enquanto ser humano: tornou-se um indivíduo isolado; e
4) em relação aos outros indivíduos.
Portanto,
através da ideologia desenvolve-se e torna-se possível a alienação
social e histórica, e isso impede que as massas façam qualquer
revolução para alterar essa situação.