o que é as células-tronco e os produtos transgênicos têm em comum
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Resposta:
Desde 1997, com o surgimento do primeiro mamífero clonado, a ovelha Dolly, as células-tronco e a clonagem tem sido um assunto muito discutido, tanto em revistas, jornais, quanto nas salas de aula. As células-tronco são células indiferenciadas, ou seja, que não possuem ainda especialização. As células-tronco possuem algumas características que podem ser de se auto-replicar, formando outras células-tronco ou podem se diferenciar em diversos tipos celulares (FIGURA 1).
Figura 1: Propriedades das células-tronco: auto-renovação e potencial de diferenciação. Células-tronco (Foto: Reprodução)
Todas as células possuem uma cópia do nosso genoma, mas para ocorrer a especialização, cada célula utiliza partes desse genoma, ou seja, alguns genes são ligados e outros desligados correspondendo assim a sua função.
As células-tronco podem ser chamadas de pluripotentes quando possuem a capacidade de gerar células dos folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma). Já as células-tronco totipotentes são capazes de gerar todos os tipos de células e tecidos do corpo, incluindo tecidos embrionários e extra embrionários. Os únicos exemplos de células-tronco totipotentes são do óvulo fecundado (zigoto) nas primeiras fases de divisão do embrião (16 – 32 células) (FIGURA 2).
Figura 2: Células-tronco totipotentes apenas encontrada no óvulo fecundado (Foto: Reprodução)
As chamadas células-tronco multipotentes são células ainda indiferenciadas que podem ser encontradas na medula óssea, cordão umbilical, intestino e pele. Estas são responsáveis pela constante renovação celular que ocorre em nosso corpo e podem gerar alguns tipos celulares apenas que compõem o tecido ou órgão específico onde estão localizadas (FIGURA 3).
Fugura 3: células-tronco multipotentes (Foto: Reprodução)
CLONAGEM
Todas as nossas células podem ser divididas em dois grupos: as células somáticas e as germinativas. As células germinativas possuem metade do nosso genoma (óvulos e espermatozóides) no qual são designadas à reprodução e, as células somáticas são todas as outras células que formam órgãos, pele e ossos. Quando o óvulo é fecundado, as metades dos dois genomas se juntam e formam um novo indivíduo, isso é o que chamamos de reprodução sexuada.
Figura 4: Técnica da clonagem (Foto: Reprodução)
Já a reprodução assexuada não envolve as células germinativas, estas se dividem produzindo descendentes geneticamente idênticos, como é o caso das bactérias. Outra forma de reprodução assexuada são as plantas que se reproduzem a partir de mudas gerando outra igual.
Mas a clonagem em animais é mais complexa, sendo necessário que a célula já diferenciada se comportasse como a primeira célula. Desse modo, pensaram em retirar o núcleo de um óvulo não fertilizado e substituí-lo pelo núcleo de uma célula adulta já diferenciada (FIGURA 4). O material genético é encontrado no núcleo, mais particularmente nos cromossomos e assim o indivíduo clonado é geneticamente idêntico aquele do qual o núcleo foi retirado da célula.
Apesar do genoma estar no núcleo, as mitocôndrias também possuem seu próprio genoma, no qual é herdada exclusivamente da mãe. Sendo assim, um clone não será exatamente igual a sua matriz, pois terá parte do seu genoma (da mitocôndria) diferente e, além disso, há diferenças ambientais que fazem com que apesar de geneticamente idênticos não possuem as mesmas características, como massa muscular, aptidão entre outras.
TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE
É uma técnica que permite a manipulação do DNA para diversas finalidades, como por exemplo, a produção de insulina humana, organismos transgênicos (animais e plantas), terapia gênica, além do teste de paternidade. A técnica consiste em produzir cópias idênticas de um determinado trecho de DNA selecionado (FIGURA 5).