O que é a nova desordem mundial?
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Talvez não seja o início da Terceira Guerra Mundial o surpreendente ataque terrorista aos maiores símbolos do poder econômico-militar norte-americano no dia 11 de setembro de 2001. As conseqüências dessa insanidade são ainda imprevisíveis e a retaliação possivelmente será pesada, mas não tenho dúvida de que os fatos presenciados ao vivo por todo o planeta naquela terça-feira fatídica marcam o verdadeiro início do Terceiro Milênio. E o que é pior: a travessia se deu pelas portas do horror.
Toda aquela pregação de que estaríamos entrando na "era de aquários", de que seria o século das preocupações éticas e ecológicas com o destino da humanidade e com a conservação do meio ambiente, veio por água abaixo. Ou melhor, com as torres do World Trade Center abaixo. Definitivamente, não há razões para otimismo e ingenuidade. Estamos, isso sim, diante de um novo tipo de barbárie, sofisticada e letal, traiçoeira e cinematográfica. Qualquer um pode ser suspeito, ou alvo. Abre-se um precedente assutador para que as regras, tratados, acordos ou convenções internacionais (ou setoriais) não sejam respeitadas.
Mais que um golpe profundo e desmoralizador na Globalização, a crença na humanidade civilizada foi abalada, justamente quando se imaginava estar superando o século do holocausto nazista e das explosões nucleares. Parece que o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) tinha mesmo razão: o homem é o lobo de si mesmo e do semelhante, uma vez que seu estado natural é a guerra. Não se poder confiar nele.
Mais que uma crítica à prepotência e ao imperialismo históricos dos EUA, tais fatos demonstram que a razão fracassou e que o ideal de civlização é apenas uma miragem. Nenhum diálogo é possível diante do ódio e do fanatismo. Liberdade de pensamento não combina com o dogma, seja ele qual for. Além disso, o terrorismo não propõe nada que substitua a ordem que pretende destruir. A proposta terrorista se esgota na própria destruição.
A propalada "nova ordem mundial" revela uma fragilidade desconcertante e autodestrutiva. Na verdade, a fragilidade é do ser humano, vítima dos mitos que cria para si mesmo, desde o medo e a solidão ancestrais nas cavernas. Estamos diante da "nova desordem mundial": econômica, política, religiosa, étnica. Desordem sem precedentes, em escala planetária. A globalização e a tecnologia deram à estupidez local o caráter de universalidade. Resta-nos escolher a que estupidez estaremos aliados.
Toda aquela pregação de que estaríamos entrando na "era de aquários", de que seria o século das preocupações éticas e ecológicas com o destino da humanidade e com a conservação do meio ambiente, veio por água abaixo. Ou melhor, com as torres do World Trade Center abaixo. Definitivamente, não há razões para otimismo e ingenuidade. Estamos, isso sim, diante de um novo tipo de barbárie, sofisticada e letal, traiçoeira e cinematográfica. Qualquer um pode ser suspeito, ou alvo. Abre-se um precedente assutador para que as regras, tratados, acordos ou convenções internacionais (ou setoriais) não sejam respeitadas.
Mais que um golpe profundo e desmoralizador na Globalização, a crença na humanidade civilizada foi abalada, justamente quando se imaginava estar superando o século do holocausto nazista e das explosões nucleares. Parece que o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) tinha mesmo razão: o homem é o lobo de si mesmo e do semelhante, uma vez que seu estado natural é a guerra. Não se poder confiar nele.
Mais que uma crítica à prepotência e ao imperialismo históricos dos EUA, tais fatos demonstram que a razão fracassou e que o ideal de civlização é apenas uma miragem. Nenhum diálogo é possível diante do ódio e do fanatismo. Liberdade de pensamento não combina com o dogma, seja ele qual for. Além disso, o terrorismo não propõe nada que substitua a ordem que pretende destruir. A proposta terrorista se esgota na própria destruição.
A propalada "nova ordem mundial" revela uma fragilidade desconcertante e autodestrutiva. Na verdade, a fragilidade é do ser humano, vítima dos mitos que cria para si mesmo, desde o medo e a solidão ancestrais nas cavernas. Estamos diante da "nova desordem mundial": econômica, política, religiosa, étnica. Desordem sem precedentes, em escala planetária. A globalização e a tecnologia deram à estupidez local o caráter de universalidade. Resta-nos escolher a que estupidez estaremos aliados.
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