O que aconteceu com a Africa nos últimos 500 anos?
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Resposta:
É importante relembrar que os territórios africanos – e americanos – já eram habitados antes da chegada dos europeus. Os povos nativos eram muitos e cada um tinha um sistema de organização e de crenças rico, o que faz os estudos de períodos pré-coloniais interessantes e relevantes. Entretanto, como mencionado, é impossível abordar toda a história da África do Sul. Por conta disso, partiremos do período de colonização, o qual impactou e ainda impacta o modo de vida sul-africano.
Estima-se que o navegador português Bartolomeu Dias deu a volta no Cabo da Boa Esperança em 1488. Já em 1497, Vasco da Gama teria descoberto ser possível chegar à Índia contornando o sul da África. Na época, o objetivo principal dos europeus, especialmente dos portugueses, era buscar especiarias na Índia – como cravo, canela e noz-moscada – para que fossem comercializadas na Europa. Por conta disso, não houve ocupação do território africano em um primeiro momento. Só no século XVII holandeses, alemães e franceses começaram a se estabelecer na região. Essa ocupação ocorreu pelo fato de a Cidade do Cabo ser um porto conveniente para quem fazia a rota Ocidente-Oriente. Nesse momento, houve confronto entre holandeses e o povo Khoikhoi, vencido pelos europeus, que estabeleceram colônias no local.
Quando os holandeses fecharam a Companhia das Índias, em 1795, os ingleses tomaram controle da região do Cabo. Nesse processo, outra tribo local – os Xhosa – foi violentamente expulsa. Além de ser um ponto geográfico estratégico, os europeus descobriram minas de pedras preciosas na África do Sul, como o diamante. Esse novo interesse levou à expansão do território dominado pelos ingleses.
Escravidão
Entre os séculos XVI e XIX, estima-se que mais de 10 milhões de africanos foram escravizados e enviados à América e ao Caribe para trabalhar nas colônias do “Novo Mundo”. Desse total, quase a metade – 4,8 milhões – teve o Brasil como destino. Para ter uma melhor noção da intensidade do fluxo de escravizados vindos para o continente americano, Andrew Kahn – jornalista da revista Slate – elaborou um mapa interativo. Clicando aqui, você tem acesso à animação que mostra o tráfego de navios negreiros que partiram da África para a América entre 1583 e 1860.
Conferência de Berlim (1884-85)
No final do século XIX, a Segunda Revolução Industrial (1850-1945) chegou ao seu auge e levou as principais potências europeias a uma corrida imperialista com objetivo de tomar controle da África. Os colonizadores viam o continente como uma fonte de matéria-prima e novos mercados e disputavam entre si para obter o maior domínio possível da região. Isso piorou as rivalidades entre Estados europeus e, como saída, os países envolvidos na “corrida” realizaram a Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885.
A discussão levou à criação de um acordo de partilha da África. Sem consultar as populações nativas do continente, os europeus traçaram fronteiras e definiram qual país poderia tomar conta de qual região. Na foto a seguir, as linhas retas que até hoje demarcam as áreas dos Estados africanos mostram que os europeus não levaram em conta os territórios dos nativos. Assim, o tratado afastou povos amigos e incentivou conflitos entre rivais como uma estratégia de dominação que desviou a atenção dos africanos, enfraquecendo a resistência contra a ocupação europeia.
Tecnicamente, o período colonial na África do Sul acabou em 1910, quando os ingleses fundaram a União da África do Sul. Diz-se “tecnicamente” porque o território continuou sob o domínio do Império Britânico. Em 1931, a
Em 1961 aconteceu a proclamação da república e a saída da África do Sul da Commonwealth. Essa decisão foi tomada em um referendo, no qual só a comunidade branca do país votou, já que desde 1938 vigorava o apartheid no país.