O primeiro texto é de Castro Alves; o segundo, de Machado de Assis. O primeiro fala da guerra da independência do Brasil na Bahia. O segundo disserta sobre o aperto de um cachorro em cujo rabo, por brincadeira, amarrou-se uma lata. Leia-os e assinale a alternativa que melhor estabelece a relação entre ambos: Texto I Não! Não eram dous povos, que abalavam Naquele instante o solo ensanguentando... Era o porvir — em frente do passado, A Liberdade — em frente à Escravidão, Era a luta das águias — e do abutre, A revolta do pulso — contra os ferros, O pugilato da razão — contra os erros, O duelo da treva — e do clarão!... ("Ode ao Dous de Julho", Espumas Flutuantes, 1870) LC | Página 52 Texto II Súbito grudaram-se. A poeira redomoinhou, a lata retiniu com o fragor das armas de Aquiles. Cão e furacão envolveram-se um no outro; era a raiva, a ambição, a loucura, o desvario; eram todas as forças, todas as doenças; era o azul, que diz ao pó: és baixo; era o pó, que dizia ao azul: és orgulhoso. Ouvia-se o rugir, o latir, o retinir; e por cima de tudo isso, uma testemunha impassível, o Destino; e por baixo de tudo, uma testemunha risível, o Homem. ("Um cão de lata ao rabo", Páginas Recolhidas, ed. de 1937) A Relação paródica: o primeiro imita ironicamente o estilo do segundo. B Relação antitética: o segundo opõe-se ao primeiro. C Relação de paralelismo: o primeiro complementa o segundo. D Relação irônica: o segundo satiriza a simplicidade do primeiro. E Relação paródica: o segundo imita ironicamente o estilo do primeiro.
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A alternativa que melhor estabelece a relação entre os textos de Castro Alves e de Machado de Assis:
E. Relação paródica: o segundo imita ironicamente o estilo do primeiro.
A intertextualidade é um dos fatores de textualidade que trata da relação de um texto com outros textos, influenciando sua produção e compreensão. É tão flexível quanto os gêneros textuais que usamos para nos comunicar.
A relação paródica é uma relação intertextual cômica que desconstrói o propósito comunicativo do texto fonte, com o qual mantém uma identidade, cuja finalidade é ironizar, contestar ou ridicularizar fatos sócio-históricos que ocorrem cotidianamente.
Bons estudos!
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