O PRIMEIRO AMOR É VIVIDO EM FANTASIA
Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o sentimento, toda a vontade de agradar e de se dedicar nos mínimos detalhes, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição.
Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois casos. Se algum amigo superíntimo fica sabendo e faz alguma brincadeira a respeito, ficamos com o rosto vermelho , negamos tudo e fingimos indignação. A outra pessoa, a amada, fica sem saber se é gozação ou se é de verdade. Melhor assim. Tudo se passará apenas na cabeça da gente, longe dos riscos da vida real. No sonho é claro que somos correspondidos. Beijamos e somos beijados.
Beijos de ternura.
[...] Passeamos, de mãos dadas, por jardins floridos. Sentamos na grama nós olhamos com olhar de enlevo próprio do encantamento amoroso. Dizemos coisas bonitas para outro, falamos das virtudes do outro.
Não cansamos de elogiar a pessoa amada.
[...] Se pensarmos bem, o sonho romântico não é muito criativo. Quase sempre é a mesma história. As variações são mais de cenário e figurino. O amor é o prazer da companhia, os elogios que esse prazer costuma trazer para nossos lábios, e também a insegurança – o medo de perder a pessoa que nos traz toda a felicidade.
Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento: “Vou amar você para sempre. Vou dizer toda hora que amo você.
Se você me largar, eu morro” etc. Sempre que vivemos o amor, o fazemos como se estivéssemos vivendo história extraordinária.
A verdade, no entanto, é que é uma “história extraordinária” exatamente igual a todas as outras histórias de amor! E isso não faz mal algum, porque é bom do mesmo jeito!
GIKOVATE, Flávio. Namoro: relação de amor e sexo. São Paulo: Moderna, 1993.
Releia esse parágrafo e responda as questões abaixo:
Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o sentimento, toda a vontade de agradar e de se dedicar nos mínimos detalhes, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois casos. (...)
1) Qual alternativa melhor expressa a ideia principal do parágrafo: *
1 ponto
A) “A pessoa que desperta em nós todo o sentimento, toda a vontade de agradar e de se dedicar nos mínimos detalhes, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela.”.
B) “Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados.”.
C) “Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho.”.
D) “Ou seja, não contar interessa nos dois casos. (...)”,
2) No trecho: “Ou seja, não contar interessa nos dois casos”. A que “DOIS CASOS” o texto se refere? *
1 ponto
A) “Não temos coragem de contar”; e “Não queremos também”.
B) “Morremos de medo da rejeição” e “Amor é uma espécie de sonho”.
C) “Morremos de medo da rejeição” e “Não temos coragem de contar”.
D) “Amor é uma espécie de sonho”; e “A pessoa que desperta em nós todo o sentimento”.
lairachanoficial:
1 - C e a 2 - A
Soluções para a tarefa
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45
Resposta:
1-C
2-A
Explicação:
minha professora corrigiu junto e estava certo
o zoro sola
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3
A alternativas que contém as respostas corretas para estas questões são, respectivamente, as alternativas C e A.
Os exercícios apresentados abordam questões de interpretação de texto.
Na primeira questão podemos notar que o amor descrito é uma espécie de sonho onde idealizamos a pessoa e os acontecimentos que envolvem o relacionamento. Existe ali uma ideia platônica.
Na segunda questão a expressão "dois casos" se refere especificamente as pessoas envolvidas no relacionamento ou com sentimentos amorosos não quererem contar e também não quererem a aceitação, para se manterem na situação platônica e idealizada
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Anexos:
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