o poema "nao há vagas" é organizado em duas partes.
a) identifique os versos que pertencem a cada uma das partes
b) de que trata cada uma dessas partes?
Soluções para a tarefa
Olá! Espero ajudar!
O Poema "Não Há Vagas" de Ferreira Gullar é um poema do Movimento Literário Modernista. Sua temática está voltada para a crítica da sociedade e para a exposição das mazelas sociais, mas principalmente para uma crítica à própria poesia. O Eu-lírico, por meio da metalinguagem, critica a falta de compromisso com a realidade social na construção poética.
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
( Ferreira Gullar )
a) A parte em itálico representa a primeira parte do poema. O restante respresenta a segunda parte.
b) A primeira parte fala do que não "cabe" no poema. Na segunda parte o eu-lírico faz referência ao que cabe no poema. Por meio dessa construção o Eu-lírico estabelece uma crítica à poesia que não é engajada e não se preocupa com a realidade social.
Resposta:
Responda:
O poema “Não há vagas” é organizado em duas partes.
Identifique os versos que pertencem a cada uma das partes.
a) 1ª parte: as duas primeiras estrofes
2ª parte: as duas últimas estrofes
De que trata cada uma dessas partes? A primeira parte fala do que não "cabe" no poema. Na segunda parte, o eu-lírico faz referência ao que cabe no poema. Por meio dessa construção o Eu-lírico estabelece uma crítica à poesia que não é engajada e não se preocupa com a realidade social.
2) Compare algumas das coisas que cabem e que não cabem no poema:
NÃO CABEM CABEM
arroz homem sem estômago
feijão mulher de nuvens
luz fruta sem preço
telefone
operário
De que tipo são as coisas que não cabem no poema? As coisas que não cabem no poema são aquelas que fazem parte do dia a dia, coisas práticas e essenciais, como alimentação, contas, salário, etc.
De que tipo são as coisas que cabem no poema? As coisas que cabem no poema são coisas irreais, como se a vida fosse feita apenas de sonho, de fantasia, sem fome, contas a pagar, corrupção, desemprego, etc.
o eu lírico se mostra favorável a uma delas? Qual? Justifique sua resposta:
Sim, o eu lírico se mostra favorável ao fazer poético mais ligado à realidade, aos problemas da vida cotidiana, pois critica a poesia mais abstraída da realidade, ligada ao sonho, à fantasia.