O PENSAR NA FILOSOFIA
Na Filosofia, há quatro aspectos que são como os quatro pés que sustentam uma mesa. Eles são aspectos
básicos da construção filosófica: problemas, argumentos, conceitos e teorias. Usando outra imagem, pode-se
dizer que esses aspectos são como as colunas que sustentam o frontão de um templo, na arquitetura clássica da
Grécia antiga.
Em cada época, há quem dê importância a todos ou privilegie cada um desses aspectos, ou seja, alguns dão
ênfase à abordagem dos problemas; outros, à importância da argumentação; outros, ao papel central dos
conceitos; e outros, à sistematização das teorias. Não se preocupe se não está entendendo tudo ainda. Estamos
apenas começando. Aos poucos, você irá se familiarizando com o vocabulário, os temas e formas de expressão
usados na Filosofia.
Nós vamos buscar na história da Filosofia as perguntas e as respostas que pensadores e pensadoras formularam
sobre temas importantes da vida para nos ajudar a compreender o que é o pensar. Mas nada do que disseram ou
escreveram poderá substituir a sua experiência com o pensamento. Os questionamentos e as respectivas
explicações fornecidas por tais estudiosos nos auxiliarão a ampliar nosso repertório de modos de pensar.
Em cada período e em cada lugar, as pessoas encontraram desafios próprios, tais como questões sobre a forma
como compreendiam o mundo e como lidavam com o mundo e com a vida.
1. A Filosofia ou o pensar filosoficamente não é uma tarefa tão fácil quanto parece. É uma atividade que requer
muita dedicação e exige disciplina, assim como o estabelecimento de objetivos bastante definidos. Para que
haja uma construção filosófica consistente e segura, são necessários quatros elementos fundamentais. São eles:
a) Problemas, Argumentos, Conceitos e Teorias.
b) Problemas, Argumentos, Defeitos e Teorias.
c) Problemas, Argumentos, Conceitos e Demagogias.
d) Emblemas, Argumentos, Conceitos e Teorias.
e) Nenhuma das alternativas.
Leia atenciosamente o texto abaixo. A seguir, assinale com um X as alternativas CORRETAS nas questões 2, 3
e 4.
“O homem não pode abster-se da filosofia”, diz Jaspers com razão. “Ela está presente em todo lugar e sempre.
A única questão que se apresenta é saber se ela é consciente ou não, boa ou má, confusa ou clara”. Na verdade,
a pesquisa da verdade científica, que só interessa aliás a uma minoria, não exaure em nada a natureza do
homem, mesmo nessa minoria. Resta que o homem vive, toma partido, crê em multiplicidade de valores,
hierarquiza- os e dá assim um sentido à sua existência por opções que ultrapassam sem cessar as fronteiras do
seu conhecimento efetivo. No homem que pensa, essa coordenação pode ser raciocinada, no sentido de que,
para fazer a síntese entre aquilo em que acredita e que sabe, só pode utilizar uma reflexão, seja prolongando
seu saber ou opondo-se a ele em um esforço crítico para determinar suas fronteiras atuais e legitimar a
colocação dos valores que o ultrapassam. Essa síntese raciocinada entre as crenças, quaisquer que sejam, e as
condições do saber, é o que nós chamamos de uma “sabedoria” e tal nos parece o objeto da filosofia. (Piaget,
Jean. Sabedoria e Ilusões da Filosofia. Tradução de Zilda Abujamra Daeir. S.Paulo. Difusão Europeia do
Livro).
2. De acordo com o texto:
a) A minoria que está interessada na verdade científica não se ocupa com o sentido da vida.
b) A reflexão amplia o saber, questiona o próprio saber e justifica o que está fora do alcance do saber.
c) O homem que vive, que toma partido, que crê em multiplicidade de valores, não se dispõe de tempo para a
Filosofia.
d) A busca pela verdade filosófica esgota a natureza de uma minoria da humanidade.
e) Não existe busca pela verdade.
3. Segundo o texto, o “homem que pensa” é aquele que: (1,0)
a) Tem fé nos seus valores.
b) Se opõe à sabedoria filosófica.
c) Sintetiza o que acredita e o que sabe.
d) Faz pesquisa da verdade científica.
e) Nenhuma das alternativas.
4. A posição do autor frente à de Jaspers quanto a concepção da Filosofia é:
a) Idêntica.
b) Contraditória.
c) Antagônica.
d) Análoga.
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