O Papel dos africanos como sujeitos historicos
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UNESCO, Comitê Científico Internacional da UNESCO para Redação da História Geral da África. História geral da África. Tradução e revisão coordenadas por Valter Silvério. Brasilia: UNESCO, 2010. 8 vols. Disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ content&view=article&id=16146
"A África tem uma História". Com essa frase, o grande historiador Joseph Ki-Zerbo, nascido em Burkina Fasso, abriu sua introdução à coleçãoHistória Geral da África, editada pela UNESCO a partir de trabalhos discutidos em seminários na década de 1960, e escritos ao longo das décadas de 1970 e 1980. São oito volumes, publicados em inglês, francês e árabe, em torno de dez mil páginas escritas por cerca de trezentos e cinquenta estudiosos, coordenados por trinta e nove consultores. Dessa obra grandiosa, apenas quatro volumes haviam sido traduzidos ao português e editados em versão impressa no Brasil. No ano de 2010, o governo brasileiro, em parceria com a UNESCO, tornou disponível na internet, e com acesso livre para leitura e reprodução, os oito volumes traduzidos em língua portuguesa.
A coleção foi elaborada logo após o período das independências de muitos países africanos, depois de décadas de domínio europeu sobre amplas áreas dos seus territórios. A frase de Ki-Zerbo se colocava, afirmativamente, frente a uma história de negação que deixara fortes rastros de ignorância e incompreensão sobre a experiência africana. A visão sobre a história da África que esse projeto das Nações Unidas pretendia combater em grande parte fora construída no período colonial, iniciado em fins do século XIX e que chegou até o último quartel do século XX, com a libertação das colônias portuguesas em meados da década de 1970. Mas, esse pensamento também se alimentara da longa história do tráfico transatlântico de escravos, quando foram criadas justificativas para o "infame comércio". Era uma visão que negava à África o direito à sua história e aos africanos o papel de sujeitos e não apenas objeto de dominação, conversão ou escravização. A contribuição dos estudiosos do próprio continente, com agendas próprias e sólidos trabalhos de pesquisa, trouxe novas luzes para este campo do saber. Seus trabalhos, ao mesmo, tempo enriqueceram a análise geral com os dados de processos históricos locais, e inseriram os africanos de forma ativa na construção de uma história que ia além das fronteiras de seu continente.
"A África tem uma História". Com essa frase, o grande historiador Joseph Ki-Zerbo, nascido em Burkina Fasso, abriu sua introdução à coleçãoHistória Geral da África, editada pela UNESCO a partir de trabalhos discutidos em seminários na década de 1960, e escritos ao longo das décadas de 1970 e 1980. São oito volumes, publicados em inglês, francês e árabe, em torno de dez mil páginas escritas por cerca de trezentos e cinquenta estudiosos, coordenados por trinta e nove consultores. Dessa obra grandiosa, apenas quatro volumes haviam sido traduzidos ao português e editados em versão impressa no Brasil. No ano de 2010, o governo brasileiro, em parceria com a UNESCO, tornou disponível na internet, e com acesso livre para leitura e reprodução, os oito volumes traduzidos em língua portuguesa.
A coleção foi elaborada logo após o período das independências de muitos países africanos, depois de décadas de domínio europeu sobre amplas áreas dos seus territórios. A frase de Ki-Zerbo se colocava, afirmativamente, frente a uma história de negação que deixara fortes rastros de ignorância e incompreensão sobre a experiência africana. A visão sobre a história da África que esse projeto das Nações Unidas pretendia combater em grande parte fora construída no período colonial, iniciado em fins do século XIX e que chegou até o último quartel do século XX, com a libertação das colônias portuguesas em meados da década de 1970. Mas, esse pensamento também se alimentara da longa história do tráfico transatlântico de escravos, quando foram criadas justificativas para o "infame comércio". Era uma visão que negava à África o direito à sua história e aos africanos o papel de sujeitos e não apenas objeto de dominação, conversão ou escravização. A contribuição dos estudiosos do próprio continente, com agendas próprias e sólidos trabalhos de pesquisa, trouxe novas luzes para este campo do saber. Seus trabalhos, ao mesmo, tempo enriqueceram a análise geral com os dados de processos históricos locais, e inseriram os africanos de forma ativa na construção de uma história que ia além das fronteiras de seu continente.
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