História, perguntado por TetisRibeiro2899, 11 meses atrás

O papel da imprensa, como agente histórico, foi decisivo para a independência na medida em que significou e ampliou espaços de liberdade de expressão e de debate político, que formaram e interferiram no quadro da separação de Portugal e de início da edificação da ordem nacional. A palavra impressa no próprio território do Brasil era então uma novidade que circulava e ajudava a delinear identidades culturais e políticas e constituiuse em significativo mecanismo de interferência, com suas singularidades e interligada a outras dimensões daquela sociedade que aliava permanências e mutações. (Marco Morel, Independência no papel: a imprensa periódica. I. Jancsó (org). Independência: história e historiografia. Adaptado). a) Explique por que a imprensa pode ser considerada “uma novidade” no Brasil à época da independência. b) O texto se refere a “outras dimensões daquela sociedade que aliava permanências e mutações”. Dê dois exemplos dessas dimensões, relacionando-as com o “início da edificação da ordem nacional” no Brasil da época da independência.

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Respondido por sabrinasilveira78
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a) A imprensa pode ser considerada “uma novidade” à época da independência, pois a imprensa foi introduzida no Brasil apenas com a vinda da Família Real, quando o príncipe D. João fundou a Imprensa Régia e a Gazeta do Rio de Janeiro, que foi o primeiro jornal a circular no país.

Nessa época, a existência de periódicos contribuiu para movimentar o debate político que acarretaria na emancipação brasileira.



b) Tais "dimensões" estão relacionadas com permanências à época da Independência: a perpetuação do escravismo; a preservação da economia agroexportadora; a manutenção do predomínio político, econômico e social da aristocracia fundiária.

As dimensões associadas a mutações à luz da Independência: a abertura dos portos, inserindo a economia brasileira na órbita do capitalismo britânico; a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, findando o estatuto colonial brasileiro; além da resistência à pressão recolonizadora das Cortes de Lisboa.

Esse conjunto de permanências e mutações culminaria na consolidação da ordem nacional monárquica, aristocrática, latifundiária e escravista, que formaria a identidade do Brasil ao longo de grande parte do século XIX
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