O novo sistema de castas que impera nas escolas cria “populares” e “excluídos”
Qualquer pessoa que tenha passado pelos bancos escolares se lembra das estrelas das salas de aula: a bonitinha que todo mundo quer namorar, o bonitão que arrasa na quadra de esportes, o engraçadinho que solta as melhores tiradas, o rebelde que ninguém tem coragem de imitar, mas bem que gostaria. Pelo sistema habitual, esses alunos elegiam uma turma e, com ela, formavam o que se costumava chamar de “panelinha”. Ser da panelinha dava status; estar fora dela, uma pontinha de inveja. O termo caiu em desuso, mas a ideia da divisão das classes, ao contrário, aprofundou-se. Inspirados em padrões mais competitivos de sucesso social e, claro, influenciados pelo comportamento disseminado pelos filmes e seriados de TV dos Estados Unidos, crianças e adolescentes brasileiros criaram uma hierarquia de fazer inveja ao mais implacável sistema de castas para definir quem são os donos do pedaço – e quem irá orbitar em torno deles. (...) No topo da pirâmide estão extrovertidos, bonitinhos e bons de bola – os antigos líderes da panelinha, hoje denominados “populares”. Tímidos, desajeitados e solitários viraram “excluídos”, ou “nerds”.
(Thaís Oyama. Veja, nº 26, julho, 2003).
No texto, a jornalista Thaís Oyama comenta o comportamento dos alunos na escola, de ontem e de hoje. No que diz respeito à “divisão de classes”, é correto afirmar que
I. o ambiente escolar também favorece a criação de “populares” e “excluídos”.
II. a metáfora “estrelas da sala”, empregada pela jornalista, evidencia a “influência dos filmes e seriados de TV dos Estados Unidos” na sua própria linguagem.
III. a expressão “mais implacável sistema de castas” traduz a grande dificuldade de se passar da condição de excluído para a de popular.
Está(ão) correta(s):
Escolha uma:
a. apenas I
b. apenas III
c. apenas I e II
d. apenas II
e. I, II e III
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Resposta Correta: I, II e III.
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