Português, perguntado por RamiresPaulo, 11 meses atrás

o narrador sugere que o cortiço garantiu o enriquecimento de João Romão.Que elementos textuais permitem que o leitor chegue a essa conclusão?

Soluções para a tarefa

Respondido por brendaisis
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Olá!


A obra "O Cortiço" inicia evidenciando o enriquecimento do personagem João Romão, onde fica evidente sua obsessão imensa pelo comércio e o oficio de comerciante, além de suas ações ilegais, ligadas à exploração de sua amante que antes o havia enganado com uma carta de alforria falsa, a Bertoleza.


Ou seja, no livro pode-se observar o crescimento financeiro deste personagem, além das aplicações financeiras, mas também seus amadurecimentos psicológicos.


Respondido por Leticia140778
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Em relação a obra literária  nomeada de O Cortiço, por Aluísio de Azevedo, é possível destacar o personagem principal, exaltando a ideia de vários críticos literários, como o próprio cortiço, a estalagem de João Romão.

O Cortiço em foco

Essa obra do naturalismo e que abarca um destaque daquela época, sendo que foi uma época em que as grandes cidades estavam em um período de grande cresimento.

As pessoas que viviam no campo começaram a ir para as grandes cidades em busca de emprego, devido as empresas e industrias que estavam prosperando e empregando um grande número de pessoas.

Os cortiços no Rio Janeiro e em diversas regiões do Brasil começaram a crescer, sendo locais em que a pobreza impressionava a todos, além da falta de higiene. Essa obra se destaca por ser uma crítica aberta a exploração dos trabalhadores e as más condições em que os Homens viviam.

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COMPLEMENTO DO TEXTO

Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem. Prontas, João Romão mandou levantar na frente, nas vinte braças que separavam a venda do sobrado do Miranda, um grosso muro de dez palmos de altura, coroado de cacos de vidro e fundos de garrafa, e com um grande portão no centro, onde se dependurou uma lanterna de vidraças vermelhas, por cima de uma tabuleta amarela, em que se lia o seguinte, escrito a tinta encarnada e sem ortografia:

“Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas para lavadeiras”.

As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água que lá havia, como em nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputa-los.

E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada, barulhenta, com suas cercas de varas, e suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.

E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.

(...)

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