História, perguntado por ttestedejogosss, 7 meses atrás

O mundo dos escravizados não era homogêneo. Distinguia-se, em primeiro lugar, entre o cativo recém-chegado da África, o "boçal", e o "ladino" – africano já aculturado e entendendo o português. Os africanos eram, como um todo, opostos aos "crioulos" nascidos no Brasil. Havia ainda distinções reconhecidas entre “nações” africanas de origem, diferentemente valorizadas. E, dada a mestiçagem, a pele mais ou menos clara também era fator de diferenciação. Os mulatos e os negros crioulos eram preferidos para as tarefas domésticas, artesanais e de supervisão, cabendo aos negros, sobretudo os africanos, a dura labuta dos campos e outras tarefas pesadas.

Tomando por base o texto, é correto concluir que, no Brasil colônia:

A) independentemente da origem e da cor da pele, havia uma igualdade plena entre todos os escravizados brasileiros.

B) os negros recém-chegados da África eram poupados dos trabalhos mais árduos e perigosos, pois tinham maior valor.

C) quanto mais rebeldes, mais castigados e menos submetidos a trabalhos árduos eram os escravizados.

D) o único fator de diferenciação entre os escravizados era o idioma, ou seja, compreender e falar o português.

E) havia diferentes graus de hierarquia entre escravizados africanos, escravizados nascidos no Brasil e mestiços.

Soluções para a tarefa

Respondido por mahcaldart
10

Resposta:

alternativa E

Explicação:

O historiador Ciro Cardoso aponta, nesse trecho, para a complexa heterogeneidade existente entre as pessoas escravizadas no Brasil colonial. Ao contrário do que diria o senso comum, não havia um igualitarismo ou mesmo uma identidade comum entre os africanos, ou até seus descendentes, escravizados ou já libertos, negros ou mestiços, na colônia. Muitos critérios de diferenciação os dividiam e criavam hierarquias implícitas, mas significativas, na dinâmica social da colônia, várias delas descritas pelo historiador no texto. Em geral, o critério que permitia a ascensão social era a bem-sucedida aculturação dos africanos, negros e mestiços à cultura branca, europeia, colonizadora e cristã, o que lhes dava recursos materiais e simbólicos para tentar sobreviver na violenta e desigual sociedade colonial. O custo, obviamente, era a perda de contato e identificação com as tradições culturais africanas. O jogo entre esses dois extremos de aculturação e de identificação dava o teor das vivências africanas, e de seus descendentes, na sociedade escravista.

Respondido por saraleandron
0

Resposta:

Alternativa E

Explicação:

Perguntas interessantes