O modelo normativista sobreviveu durante séculos no que tange ao ensino de língua. Do período da Roma antiga até a Idade Média, o ensino do Latim cristalizou-se em torno do conceito do bem escrever a língua. O tratado de gramática de Prisciano (século VI d.C.) foi adotado, como padrão, durante todo o período medieval em que estudiosos e professores tentaram preservar um Latim clássico como língua de erudição, em meio à balbúrdia das invasões dos povos ditos bárbaros e da algaravia dos novos vernáculos que emergiam dessa confluência do mundo romano com o mundo não-romano."
Podemos perceber que o modelo normativista neste período foi bem sucedido na fixação do padrão gramatical da língua, mas o mesmo não podemos dizer sobre o Latim falado. As transformações foram tão grandes que o Latim tornou-se um idioma falado apenas em meios eclesiásticos, porém deu origem a todas as línguas neolatinas.
O que podemos concluir desta relação entre a fixação gramatical de um modelo de língua e o uso oral cotidiano de um idioma, de acordo com o texto apresentado?
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A concepção normativa atravessa o século XIX e desemboca ainda poderosa no século XX. No Brasil, chegou no final do século XVI com o modelo pedagógico dos jesuítas e aqui se consolidou. No entanto, vários estudos demonstram que existe uma enorme distância entre os modelos de língua praticados na sociedade e a norma culta inserida nas escolas. O que se requer é que não apenas dominem o ler e o escrever, mas, também que saibam fazer uso dela incorporndo-a a seu viver.
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